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17/04/2007
-
22h23
da France Presse
Estudante, sul-coreano, solitário, determinado e metódico: o perfil do jovem que massacrou mais de 30 pessoas antes de se suicidar nesta segunda-feira na universidade de Virginia Tech (Virgínia, leste), está começando a se desenhar.
O nome do atirador era Cho Seung-hui, 23. Ele estava terminando o terceiro ano de inglês. A foto que está em todos os canais de televisão americanos mostra o rosto fechado de um jovem de cabelos curtos e com óculos.
Alto, solitário, ele não falava muito, mas escrevia textos bizarros que preocupavam seus professores e provocavam sarcasmo entre os colegas.
"Vocês me obrigaram a fazer isso", afirmou o assassino numa longa carta encontrada em seu quarto na universidade, na qual ele explica seu gesto criticando os "riquinhos", os "enganadores" e a "libertinagem", segundo a rede de televisão ABC, que citou fontes policiais.
Cho Seung-hui, que desembarcou nos Estados Unidos com oito anos, morava no campus. Sua família vive em Centreville (Virgínia), cerca de 40 km a oeste de Washington.
Seu corpo foi encontrado em uma sala que ele transformou em cenário de massacre. A identificação foi demorada, pois ele não tinha documentos e, segundo a imprensa, a bala que disparou contra o próprio rosto dificultou o trabalho dos investigadores.
Comportamento violento
De acordo com meios de comunicação americanos, investigadores evocaram seu "comportamento violento", explicando que ele havia seguido mulheres e incendiado um quarto da universidade.
Stephanie Derry, uma estudante que cursava teatro com ele, não se lembra de tê-lo ouvido pronunciar uma única palavra. Ela recorda, porém, suas peças de teatro "mórbidas e caricaturais", como explicou ao jornal da universidade.
Uma de suas peças contava a história de "um filho que odiava o padrasto", contou a estudante. "Na peça, o filho dava marteladas e atirava uma serra elétrica no padrasto, mas acabava matando-o sufocado com uma barra de cereais", relatou.
Lucinda Roy, ex-decano do departamento de inglês, contou à CNN o que sentiu ao se deparar com outros textos do assassino. Ela chegou a alertar a reitoria da universidade em 2005, e até ministrou aulas particulares ao jovem.
"Profundamente preocupada", ela recomendou a Cho Seung-hui que consultasse um psicólogo, e acreditava que ele havia seguido seu conselho.
Ataque
Recentemente, o jovem comprou duas pistolas, um 9 mm e um calibre 22. Uma das duas armas foi utilizada no massacre nas salas de aula e no duplo homicídio cometido duas horas antes em um dormitório da universidade, o que tende a comprovar que Cho Seung-hui era o único atirador.
No Norris Hall, ele colocou correntes em várias portas de entrada do edifício, impedindo os estudantes de sair e atrasando a intervenção da polícia. Ele subiu para o segundo andar e começou a atirar, fazendo vítimas em quatro salas de aula e em uma escada.
As testemunhas descreveram um jovem silencioso, determinado, que atirava para matar e voltava atrás quando escutava sobreviventes falarem.
"Ele parecia muito minucioso, atingiu praticamente todo mundo", contou Erin Sheehan, uma estudante que conseguiu sobreviver fingindo que estava morta e depois bloqueando a porta da sala de aula para impedir que o assassino voltasse.
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Assassino de Virginia Tech tinha comportamento violento e era solitário
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Estudante, sul-coreano, solitário, determinado e metódico: o perfil do jovem que massacrou mais de 30 pessoas antes de se suicidar nesta segunda-feira na universidade de Virginia Tech (Virgínia, leste), está começando a se desenhar.
O nome do atirador era Cho Seung-hui, 23. Ele estava terminando o terceiro ano de inglês. A foto que está em todos os canais de televisão americanos mostra o rosto fechado de um jovem de cabelos curtos e com óculos.
Reuters |
O atirador Cho Seung-Hui, 23, estudava inglês na Virginia Tech |
"Vocês me obrigaram a fazer isso", afirmou o assassino numa longa carta encontrada em seu quarto na universidade, na qual ele explica seu gesto criticando os "riquinhos", os "enganadores" e a "libertinagem", segundo a rede de televisão ABC, que citou fontes policiais.
Cho Seung-hui, que desembarcou nos Estados Unidos com oito anos, morava no campus. Sua família vive em Centreville (Virgínia), cerca de 40 km a oeste de Washington.
Seu corpo foi encontrado em uma sala que ele transformou em cenário de massacre. A identificação foi demorada, pois ele não tinha documentos e, segundo a imprensa, a bala que disparou contra o próprio rosto dificultou o trabalho dos investigadores.
Comportamento violento
De acordo com meios de comunicação americanos, investigadores evocaram seu "comportamento violento", explicando que ele havia seguido mulheres e incendiado um quarto da universidade.
Stephanie Derry, uma estudante que cursava teatro com ele, não se lembra de tê-lo ouvido pronunciar uma única palavra. Ela recorda, porém, suas peças de teatro "mórbidas e caricaturais", como explicou ao jornal da universidade.
Uma de suas peças contava a história de "um filho que odiava o padrasto", contou a estudante. "Na peça, o filho dava marteladas e atirava uma serra elétrica no padrasto, mas acabava matando-o sufocado com uma barra de cereais", relatou.
Lucinda Roy, ex-decano do departamento de inglês, contou à CNN o que sentiu ao se deparar com outros textos do assassino. Ela chegou a alertar a reitoria da universidade em 2005, e até ministrou aulas particulares ao jovem.
"Profundamente preocupada", ela recomendou a Cho Seung-hui que consultasse um psicólogo, e acreditava que ele havia seguido seu conselho.
Ataque
Recentemente, o jovem comprou duas pistolas, um 9 mm e um calibre 22. Uma das duas armas foi utilizada no massacre nas salas de aula e no duplo homicídio cometido duas horas antes em um dormitório da universidade, o que tende a comprovar que Cho Seung-hui era o único atirador.
Josh Meltzer/AP |
Estudante chora em cerimônia de homenagem à vítimas de massacre na Virginia Tech |
As testemunhas descreveram um jovem silencioso, determinado, que atirava para matar e voltava atrás quando escutava sobreviventes falarem.
"Ele parecia muito minucioso, atingiu praticamente todo mundo", contou Erin Sheehan, uma estudante que conseguiu sobreviver fingindo que estava morta e depois bloqueando a porta da sala de aula para impedir que o assassino voltasse.
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