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21/04/2007
-
15h41
da France Presse, em Mogadício
Já chega a 55 o número de civis que morreram neste sábado em confrontos entre tropas etíopes e rebeldes islamitas em Mogadício, onde os últimos quatro dias de combates deixaram 168 mortos, informou uma organização somali de direitos humanos.
Sudan Ali Ahmed, diretor da Organização Elman para a Paz e os Direitos Humanos, declarou à AFP que o balanço é baseado em dados dos hospitais e de outras organizações que contabilizaram os corpos abandonados pelas ruas.
"Pelo menos 55 civis morreram nos confrontos deste sábado, mas ainda temos que contar o número de feridos", acrescentou Ahmed. "Com estas vítimas chega a 168 o número de mortos em quatro dias de combates em Mogadício", acrescentou Ahmed.
"Hoje as forças etíopes estão usando tanques e morteiros e estão disparando nas pessoas, casa por casa. Não sei por quê a comunidade internacional e as Nações Unidas não denunciam que civis estão sendo assassinados em Mogadíscio", completou.
Segundo o diretor da Organização Elman, centenas de milhares de pessoas que fugiram da capital vivem uma situação desesperadora.
"Não têm água, comida ou remédios. Pedimos à comunidade internacional que venha resgatar nossa população deste sofrimento", destacou. Ahmed também pediu o fim das hostilidades.
"Enviamos uma mensagem às duas partes pedindo o fim dos enfrentamentos, mas não recebemos resposta. Pedimos que acabem com as lutas o mais rápido possível para poder ajudar os civis", afirmou.
De acordo com a agência da ONU para os refugiados, mais de 321 mil pessoas fugiram de Mogadício desde 1º de fevereiro, quando recomeçaram os combates.
A ONU acusou as forças governamentais somalis de bloquear os envios de ajuda humanitária e inclusive de ter disparado contra um avião de abastecimento das Nações Unidas. Em Mogadício os corpos são deixados nas ruas, o que representa perigo de epidemias de cólera ou diarréia.
Pouco antes do anúncio do novo balanço de vítimas, algumas testemunhas informaram à AFP a morte de 11 civis e dezenas de feridos.
A Somália vive instabilidade política desde 1991, quando os "senhores da guerra" depuseram o ditador Siad Barre. Desde então, 13 tentativas de estabelecer um governo falharam. O atual governo foi instituído em 2004, com o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas).
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Já chega a 55 o número de civis que morreram neste sábado em confrontos entre tropas etíopes e rebeldes islamitas em Mogadício, onde os últimos quatro dias de combates deixaram 168 mortos, informou uma organização somali de direitos humanos.
Marcelo Katsuki/Arte Folha |
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mapa da Somália |
"Pelo menos 55 civis morreram nos confrontos deste sábado, mas ainda temos que contar o número de feridos", acrescentou Ahmed. "Com estas vítimas chega a 168 o número de mortos em quatro dias de combates em Mogadício", acrescentou Ahmed.
"Hoje as forças etíopes estão usando tanques e morteiros e estão disparando nas pessoas, casa por casa. Não sei por quê a comunidade internacional e as Nações Unidas não denunciam que civis estão sendo assassinados em Mogadíscio", completou.
Segundo o diretor da Organização Elman, centenas de milhares de pessoas que fugiram da capital vivem uma situação desesperadora.
"Não têm água, comida ou remédios. Pedimos à comunidade internacional que venha resgatar nossa população deste sofrimento", destacou. Ahmed também pediu o fim das hostilidades.
"Enviamos uma mensagem às duas partes pedindo o fim dos enfrentamentos, mas não recebemos resposta. Pedimos que acabem com as lutas o mais rápido possível para poder ajudar os civis", afirmou.
De acordo com a agência da ONU para os refugiados, mais de 321 mil pessoas fugiram de Mogadício desde 1º de fevereiro, quando recomeçaram os combates.
A ONU acusou as forças governamentais somalis de bloquear os envios de ajuda humanitária e inclusive de ter disparado contra um avião de abastecimento das Nações Unidas. Em Mogadício os corpos são deixados nas ruas, o que representa perigo de epidemias de cólera ou diarréia.
Pouco antes do anúncio do novo balanço de vítimas, algumas testemunhas informaram à AFP a morte de 11 civis e dezenas de feridos.
A Somália vive instabilidade política desde 1991, quando os "senhores da guerra" depuseram o ditador Siad Barre. Desde então, 13 tentativas de estabelecer um governo falharam. O atual governo foi instituído em 2004, com o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas).
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