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06/05/2007 - 14h36

Violência no Iraque mata ao menos 54 pessoas neste domingo

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da Folha Online

Ao menos 54 morreram neste domingo em Bagdá, em uma série de ataques que incluiu a explosão de um carro-bomba em um ponto próximo do Ministério do Trabalho, em Bagdá, que matou cinco pessoas.

Na mais violenta ação, 30 pessoas morreram após a explosão de um carro-bomba em um mercado a oeste de Bagdá. A explosão, que ocorreu por volta do meio-dia (5h de Brasília) na região Baiyaa, que é sunita e xiita, devastou a área, destruíndo carros e caminhões e arrancando telhados de casas e comércios.

"Eu aguardava perto de uma loja quando vi o dono da loja cair ao chão", afirmou Satar Hussein, 22, funcionário do mercado à agência de notícias Reuters. "Tentei ajudá-lo, mas ele morreu".

Ali Abbas/Efe
Iraquianos observam local de explosão em Bagdá; ataque mata ao menos 30 pessoas
Iraquianos observam local de explosão em Bagdá; ataque mata ao menos 30 pessoas
Ali Hamid, 25, que é dono de outra loja, conta que vendia caixas de Pepsi quando foi atingido pela explosão.

"Eu desmaiei, e depois só me lembro das pessoas me colocando em uma picape para me levar ao hospital".

Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque deste domingo. Baiyaa é cenário freqüente de violência sectária. Na semana passada, uma explosão e um ataque com morteiro matou sete pessoas.

Outro carro-bomba explodiu perto de uma delegacia de polícia em Samarra, cidade sunita localizada 95 quilômetros ao norte de Bagdá, matando quatro pessoas --entre elas, um chefe de polícia e um civil.

Poucos minutos depois, insurgentes atacaram um posto policial perto da mesquita de Askariya, matando mais um policial. Uma bomba deixada em frente à casa de um professor na cidade de Kut (sul) matou ao menos três crianças, todas com menos de dez anos, de acordo com a polícia.

A violência ocorreu um dia depois que uma gravação atribuída à rede terrorista Al Qaeda no Iraque acusou o vice-presidente iraquiano, o sunita Tariq al Hashemi, de ser um "criminoso" apoiado pelos EUA.

As críticas a Al Hashemi foram feitas pelo líder da rede, Abu Hamza al Muhajir, também conhecido como Abu Ayyub al Masri, em um site na internet, apenas dias depois que os EUA anunciaram sua morte.

Ofensiva

Em uma tentativa de deter ataques rebeldes, tropas americanas lideraram na manhã deste domingo uma operação em Cidade de Sadr, localizada na periferia de Bagdá e considerada bastião do clérigo radical xiita Moqatda al Sadr. As tropas foram atacadas por tiros e foguetes de insurgentes escondidos em edifícios.

Um grupo armado atacou os soldados por trás de um carro, e as tropas revidaram o fogo, destruindo o veículo, segundo o Exército americano.

A operação tinha como alvo quatro edifícios da área, devido a informações da inteligência que apontava a presença de uma célula terroristas que trazia ilegalmente armas e explosivos do Irã, enviava terroristas para o país vizinho para treinamento, e é acusada de envolvimento com uma série de seqüestros.

O alvo da ofensiva não foi localizado, segundo William Caldwell, porta-voz militar dos EUA em Bagdá.

De acordo com o Exército dos EUA, três soldados morreram em ataques separados --entre eles, dois marines-- em confrontos ocorridos neste sábado na Província de Anbar, a oeste de Bagdá. Uma bomba deixada na beira de uma estrada matou um soldado e feriu quatro na sexta-feira (4), também em Bagdá.

Com Reuters

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