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09/05/2007
-
13h40
da Folha Online
O vice-presidente americano, Dick Cheney, afirmou nesta quarta-feira em visita-supresa a Bagdá que o Iraque continua a ser um local "perigoso", mas que percebe um esforço maior dos líderes iraquianos para conter a crescente violência sectária que assola o país.
Horas após a chegada de Cheney ao país, houve um relato, ainda não-confirmado, de uma explosão ocorrida perto da embaixada americana na capital, que fica na Zona Verde, área de segurança máxima que abriga representações diplomáticas em Bagdá.
A Embaixada dos EUA e o Exército americano disseram não ter informações a respeito.
O vice-presidente dos Estados Unidos afirmou hoje que sentiu "uma tomada de consciência e um sentido profundo de urgência" entre os líderes iraquianos durante sua visita a Bagdá.
Cheney, que chegou nesta manhã a Bagdá, reuniu-se com o premiê iraquiano, Nouri al Maliki.
Ele enfrenta pressão dos Estados Unidos para demonstrar progresso no combate à violência sectária. A visita não-anunciada de Cheney visa cobrar medidas neste sentido.
A visita do vice de Bush faz parte de uma viagem que incluirá no roteiro Egito e Arábia Saudita, entre outros países, informaram fontes governamentais iraquianas. É a segunda visita de Cheney ao Iraque como vice-presidente. A primeira foi em dezembro de 2005.
Além de encontrar-se com líderes do governo iraquiano, o vice americano também se reunirá com líderes de facções e organizações políticas.
Segundo fontes próximas, a viagem visa "acelerar os esforços rumo à reconciliação nacional".
A visita gerou protestos de seguidores do clérigo radical xiita Mouqtada al Sadr, que lidera a milícia armada Exército de Mehdi e é opositor dos EUA, em Bagdá e em áreas xiitas do sul do país. Os manifestantes exigem a retirada das tropas americanas no Iraque.
Em Bagdá e na cidade sagrada de Najaf, manifestantes gritaram "Não à ocupação!" e "Não aos EUA!".
Violência
Nesta quarta-feira, um caminhão-bomba atingiu o prédio do Ministério do Interior na região curda de Irbil, matando ao menos 19 pessoas e ferindo 80, segundo o Ministério da Saúde.
A polícia local atribuiu a ação a insurgentes ligados à rede terrorista Al Qaeda. A explosão em Irbil, 350 quilômetros ao norte de Bagdá, danificou grande parte do prédio do governo.
A TV curda exibiu imagens de escombros e pedaços de metal espalhados no local. Janelas se quebraram, e partes do edifício foram lançados a até cem metros de distância.
Segundo Hamza Ahmed, porta-voz do governo local, ao menos cinco policiais estão entre os mortos.
O maior ataque em Irbil ocorreu em 1º de fevereiro de 2004, quando um duplo ataque suicida matou 109 pessoas em dois escritórios de partidos curdos.
O grupo terrorista Ansar al Sunnah, ligado à rede Al Qaeda, reivindicou a ação.
Mais ataques
A visita de Cheney ocorre um dia depois que um suicida em um carro-bomba atingiu um microônibus perto de um mercado na cidade xiita de Kufa, matando ao menos 16 pessoas.
Kufa fica perto da cidade sagrada de Najaf, 160 km ao sul de Bagdá, e é considerada um bastião do clérigo radical xiita Moqtada al Sadr e do grupo armado leal a ele, o Exército de Mehdi. A milícia é apontada como responsável por várias ações contra sunitas.
O porta-voz da Província, Ahmed Duaibi, atribuiu o ataque de hoje à rede terrorista Al Qaeda.
No mês passado, uma ação suicida atribuída à rede matou 60 pessoas e feriu outras 170 em uma das principais mesquitas xiitas na cidade sagrada de Kerbala.
Com Efe e Reuters
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Em visita-surpresa, Cheney diz que Iraque ainda é local "perigoso"
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O vice-presidente americano, Dick Cheney, afirmou nesta quarta-feira em visita-supresa a Bagdá que o Iraque continua a ser um local "perigoso", mas que percebe um esforço maior dos líderes iraquianos para conter a crescente violência sectária que assola o país.
Horas após a chegada de Cheney ao país, houve um relato, ainda não-confirmado, de uma explosão ocorrida perto da embaixada americana na capital, que fica na Zona Verde, área de segurança máxima que abriga representações diplomáticas em Bagdá.
A Embaixada dos EUA e o Exército americano disseram não ter informações a respeito.
O vice-presidente dos Estados Unidos afirmou hoje que sentiu "uma tomada de consciência e um sentido profundo de urgência" entre os líderes iraquianos durante sua visita a Bagdá.
Gerald Herbert/AP |
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O vice-presidente americano, Dick Cheney, chega ao Iraque para visita-supresa |
Ele enfrenta pressão dos Estados Unidos para demonstrar progresso no combate à violência sectária. A visita não-anunciada de Cheney visa cobrar medidas neste sentido.
A visita do vice de Bush faz parte de uma viagem que incluirá no roteiro Egito e Arábia Saudita, entre outros países, informaram fontes governamentais iraquianas. É a segunda visita de Cheney ao Iraque como vice-presidente. A primeira foi em dezembro de 2005.
Além de encontrar-se com líderes do governo iraquiano, o vice americano também se reunirá com líderes de facções e organizações políticas.
Segundo fontes próximas, a viagem visa "acelerar os esforços rumo à reconciliação nacional".
A visita gerou protestos de seguidores do clérigo radical xiita Mouqtada al Sadr, que lidera a milícia armada Exército de Mehdi e é opositor dos EUA, em Bagdá e em áreas xiitas do sul do país. Os manifestantes exigem a retirada das tropas americanas no Iraque.
Em Bagdá e na cidade sagrada de Najaf, manifestantes gritaram "Não à ocupação!" e "Não aos EUA!".
Violência
Nesta quarta-feira, um caminhão-bomba atingiu o prédio do Ministério do Interior na região curda de Irbil, matando ao menos 19 pessoas e ferindo 80, segundo o Ministério da Saúde.
AP |
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Iraquianos observam restos de caminhão-bomba qye matou 19 em região curda de Irbil |
A TV curda exibiu imagens de escombros e pedaços de metal espalhados no local. Janelas se quebraram, e partes do edifício foram lançados a até cem metros de distância.
Segundo Hamza Ahmed, porta-voz do governo local, ao menos cinco policiais estão entre os mortos.
O maior ataque em Irbil ocorreu em 1º de fevereiro de 2004, quando um duplo ataque suicida matou 109 pessoas em dois escritórios de partidos curdos.
O grupo terrorista Ansar al Sunnah, ligado à rede Al Qaeda, reivindicou a ação.
Mais ataques
A visita de Cheney ocorre um dia depois que um suicida em um carro-bomba atingiu um microônibus perto de um mercado na cidade xiita de Kufa, matando ao menos 16 pessoas.
Kufa fica perto da cidade sagrada de Najaf, 160 km ao sul de Bagdá, e é considerada um bastião do clérigo radical xiita Moqtada al Sadr e do grupo armado leal a ele, o Exército de Mehdi. A milícia é apontada como responsável por várias ações contra sunitas.
O porta-voz da Província, Ahmed Duaibi, atribuiu o ataque de hoje à rede terrorista Al Qaeda.
No mês passado, uma ação suicida atribuída à rede matou 60 pessoas e feriu outras 170 em uma das principais mesquitas xiitas na cidade sagrada de Kerbala.
Com Efe e Reuters
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