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10/05/2007
-
12h40
FLORENTINO GOULART
da Efe, em Díli
O primeiro-ministro interino do Timor Leste e prêmio Nobel da Paz de 1996, José Ramos Horta, venceu as eleições presidenciais do país, embora o anúncio oficial do resultado ainda não tenha sido feito.
A porta-voz da Comissão Eleitoral Nacional (CEN), Maria Angelina Sarmento, anunciou que, apurados 90% das cédulas no segundo turno, Ramos Horta, 57, recebeu 273.685 votos, cerca de 73%, margem que torna matematicamente impossível sua derrota.
O resultado, no entanto, ainda precisa ser verificado.
A vitória cumpre as previsões dos analistas. Nas últimas semanas, o líder da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), Francisco "Lu Olo" Guterres, perdeu a vantagem obtida no primeiro turno de 9 de abril.
Ramos Horta, que concorria como independente, demonstrou seu talento diplomático e realizou alianças, há um mês, com os políticos derrotados para ganhar o apoio de seus partidários.
"Anunciaremos o resultado final das eleições presidenciais dentro de 72 horas, como estabelecem as regulamentações. A CEN entregará o resultado ao Tribunal de Apelações para a aprovação", disse Sarmento à agência Efe.
Nesta manhã, o primeiro-ministro acreditava em sua vitória com uma maioria de "70% ou 80%". Conforme o fim da apuração se aproximava, crescia a distância de "Lu Olo".
Os dois candidatos prometeram respeitar o resultado para evitar um aumento da divisão nacional e da crise que atinge o país há mais de um ano. Eleitores de ambos declararam hoje que estão dispostos a manter a mesma atitude.
Aprovação
"Como militante do Fretilin, felicito José Ramos Horta e desejo boa sorte. Espero que não esqueça as promessas eleitorais. Como presidente, Ramos Horta pode contar com o Fretilin para restabelecer a paz, a estabilidade e a reconciliação nacional, para solucionar a crise", disse o agricultor João Carilho, de 35 anos.
"Ramos Horta é uma pessoa inteligente e espero que não pense que derrotou 'Lu Olo', mas sua vitória é a vitória do povo do Timor Leste", acrescentou Carilho.
Para a dona-de-casa Geralda da Conceição, de 45 anos, hoje é um grande dia.
"O resultado é ainda preliminar. Como sua eleitora, estou muito contente. Mas ele terá um grande trabalho pela frente. Espero que traga paz e estabilidade para as pessoas desta nação. O resultado da eleição não é só a vitória de Ramos Horta, mas o verdadeiro vencedor é o povo do Timor Leste", disse ela.
Participação
As opiniões de Carilho e Conceição resumem o pensamento e as aspirações da grande maioria dos mais de 500 mil timorenses convocados a escolher o segundo presidente da jovem República Democrática de Timor-Leste, criada em 20 de maio de 2002.
O índice de comparecimento às urnas, em torno de 80%, foi ligeiramente inferior aos 81,77% registrados no primeiro turno.
O novo presidente do país, com um mandato de cinco anos, substituirá Xanana Gusmão, herói da resistência contra a ocupação indonésia (1975-1999).
Gusmão, amigo pessoal de Ramos Horta, participará com seu novo partido, o Congresso Nacional para a Reconstrução, das eleições parlamentares em 30 de junho de 2007.
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Com 90% dos votos apurados, Ramos Horta é eleito no Timor Leste
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da Efe, em Díli
O primeiro-ministro interino do Timor Leste e prêmio Nobel da Paz de 1996, José Ramos Horta, venceu as eleições presidenciais do país, embora o anúncio oficial do resultado ainda não tenha sido feito.
A porta-voz da Comissão Eleitoral Nacional (CEN), Maria Angelina Sarmento, anunciou que, apurados 90% das cédulas no segundo turno, Ramos Horta, 57, recebeu 273.685 votos, cerca de 73%, margem que torna matematicamente impossível sua derrota.
O resultado, no entanto, ainda precisa ser verificado.
A vitória cumpre as previsões dos analistas. Nas últimas semanas, o líder da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), Francisco "Lu Olo" Guterres, perdeu a vantagem obtida no primeiro turno de 9 de abril.
Ramos Horta, que concorria como independente, demonstrou seu talento diplomático e realizou alianças, há um mês, com os políticos derrotados para ganhar o apoio de seus partidários.
"Anunciaremos o resultado final das eleições presidenciais dentro de 72 horas, como estabelecem as regulamentações. A CEN entregará o resultado ao Tribunal de Apelações para a aprovação", disse Sarmento à agência Efe.
Nesta manhã, o primeiro-ministro acreditava em sua vitória com uma maioria de "70% ou 80%". Conforme o fim da apuração se aproximava, crescia a distância de "Lu Olo".
Os dois candidatos prometeram respeitar o resultado para evitar um aumento da divisão nacional e da crise que atinge o país há mais de um ano. Eleitores de ambos declararam hoje que estão dispostos a manter a mesma atitude.
Aprovação
"Como militante do Fretilin, felicito José Ramos Horta e desejo boa sorte. Espero que não esqueça as promessas eleitorais. Como presidente, Ramos Horta pode contar com o Fretilin para restabelecer a paz, a estabilidade e a reconciliação nacional, para solucionar a crise", disse o agricultor João Carilho, de 35 anos.
"Ramos Horta é uma pessoa inteligente e espero que não pense que derrotou 'Lu Olo', mas sua vitória é a vitória do povo do Timor Leste", acrescentou Carilho.
Para a dona-de-casa Geralda da Conceição, de 45 anos, hoje é um grande dia.
"O resultado é ainda preliminar. Como sua eleitora, estou muito contente. Mas ele terá um grande trabalho pela frente. Espero que traga paz e estabilidade para as pessoas desta nação. O resultado da eleição não é só a vitória de Ramos Horta, mas o verdadeiro vencedor é o povo do Timor Leste", disse ela.
Participação
As opiniões de Carilho e Conceição resumem o pensamento e as aspirações da grande maioria dos mais de 500 mil timorenses convocados a escolher o segundo presidente da jovem República Democrática de Timor-Leste, criada em 20 de maio de 2002.
O índice de comparecimento às urnas, em torno de 80%, foi ligeiramente inferior aos 81,77% registrados no primeiro turno.
O novo presidente do país, com um mandato de cinco anos, substituirá Xanana Gusmão, herói da resistência contra a ocupação indonésia (1975-1999).
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