Publicidade
Publicidade
11/05/2007
-
15h43
da Efe, em Nairóbi
Quase uma semana após a queda do avião da Kenya Airways em uma região pantanosa de Camarões, as causas do acidente ainda permanecem desconhecidas.
"Foram recuperados 126 restos humanos, mas ainda não foi encontrada a caixa-preta da aeronave que contém as gravações dos pilotos com a torre de controle", afirmou em entrevista coletiva em Nairóbi o presidente da companhia, Titus Naikuni.
A caixa-preta que contém os dados sobre altitude, funcionamento dos motores e informações técnicas foi recuperada nas primeiras horas de busca no mangue onde foram encontrados os restos do Boeing 737-800, próximo a Douala.
No entanto, para dar continuidade às investigações sobre o acidente é preciso confrontar as informações dos dois dispositivos. As equipes de busca continuam recolhendo os corpos e objetos pessoais das 114 pessoas que morreram na queda do vôo KQ 507.
Na madrugada do último sábado (5), o avião caiu pouco depois de decolar da cidade litorânea de Douala, com destino a Nairóbi.
Partes da asa esquerda e de um dos motores foram recuperadas na quinta-feira das profundezas do mangue, e as equipes continuam retirando água, com bombas mecânicas, da pequena lagoa formada após o acidente, para conseguirem desenterrar a cabine dos pilotos, que acreditam também estar enterrada no lodaçal.
O local do acidente está a cerca de 5 quilômetros do extremo da pista do aeroporto, o que indicaria que o avião deve ter caído com 30 segundos de vôo, já que um Boeing com estas características percorre 4,5 quilômetros em 30 segundos na velocidade de decolagem.
A empresa recusou-se a fazer conjeturas sobre as causas do acidente até que os dispositivos de emergência sejam analisados, em meio a crescentes pressões da imprensa queniana e da camaronesa por respostas.
Mistério
Uma das maiores dúvidas seria o motivo pelo qual as equipes de resgate demoraram quase dois dias para encontrar os restos do avião, já que a aeronave teria caído imediatamente após a decolagem, quando ainda estava dentro do radar do aeroporto.
A imprensa também questiona se o dispositivo que envia sinais de emergência do Boeing, que é ativado automaticamente em caso de impacto e cuja bateria dura até 48 horas, funcionava corretamente na noite do acidente.
Isso porque o aparelho só emitiu um sinal de emergência que aparentemente deu coordenadas que divergiam da localização do avião, o que desviou as equipes de resgate em mais de 100 quilômetros de onde realmente ocorreu a queda do avião.
Família
A Kenya Airways levou a Douala mais de 80 parentes das vítimas, mas os familiares criticaram as autoridades de Camarões, acusadas de impedi-los de visitar o local do acidente.
"Estamos pedindo às autoridades que permitam às famílias ver o local onde o avião caiu, já que, para elas, é muito importante para ajudar a cicatrizar as feridas", disse o porta-voz do governo queniano, Alfred Mutua.
No avião, que tinha seis meses de uso, viajavam 114 pessoas, entre passageiros e tripulação, entre eles 35 passageiros de Camarões, 15 da Índia, 7 da África do Sul, 2 da Guiné Equatorial e 5 do Reino Unido.
Leia mais
Equipes de resgate encontram restos de avião da Kenya Airways
Veja os piores acidentes de avião já ocorridos na África
Avião com mais de cem cai na África; causas serão investigadas
Avião do Quênia cai com 115 a bordo; mortos são de 24 países
Especial
Leia o que já foi publicado sobre acidentes aéreos
Leia o que já foi publicado sobre o Quênia
Leia o que já foi publicado sobre a África
Causas de queda de avião em Camarões ainda são desconhecidas
Publicidade
Quase uma semana após a queda do avião da Kenya Airways em uma região pantanosa de Camarões, as causas do acidente ainda permanecem desconhecidas.
"Foram recuperados 126 restos humanos, mas ainda não foi encontrada a caixa-preta da aeronave que contém as gravações dos pilotos com a torre de controle", afirmou em entrevista coletiva em Nairóbi o presidente da companhia, Titus Naikuni.
A caixa-preta que contém os dados sobre altitude, funcionamento dos motores e informações técnicas foi recuperada nas primeiras horas de busca no mangue onde foram encontrados os restos do Boeing 737-800, próximo a Douala.
No entanto, para dar continuidade às investigações sobre o acidente é preciso confrontar as informações dos dois dispositivos. As equipes de busca continuam recolhendo os corpos e objetos pessoais das 114 pessoas que morreram na queda do vôo KQ 507.
Na madrugada do último sábado (5), o avião caiu pouco depois de decolar da cidade litorânea de Douala, com destino a Nairóbi.
Partes da asa esquerda e de um dos motores foram recuperadas na quinta-feira das profundezas do mangue, e as equipes continuam retirando água, com bombas mecânicas, da pequena lagoa formada após o acidente, para conseguirem desenterrar a cabine dos pilotos, que acreditam também estar enterrada no lodaçal.
O local do acidente está a cerca de 5 quilômetros do extremo da pista do aeroporto, o que indicaria que o avião deve ter caído com 30 segundos de vôo, já que um Boeing com estas características percorre 4,5 quilômetros em 30 segundos na velocidade de decolagem.
A empresa recusou-se a fazer conjeturas sobre as causas do acidente até que os dispositivos de emergência sejam analisados, em meio a crescentes pressões da imprensa queniana e da camaronesa por respostas.
Mistério
Uma das maiores dúvidas seria o motivo pelo qual as equipes de resgate demoraram quase dois dias para encontrar os restos do avião, já que a aeronave teria caído imediatamente após a decolagem, quando ainda estava dentro do radar do aeroporto.
A imprensa também questiona se o dispositivo que envia sinais de emergência do Boeing, que é ativado automaticamente em caso de impacto e cuja bateria dura até 48 horas, funcionava corretamente na noite do acidente.
Isso porque o aparelho só emitiu um sinal de emergência que aparentemente deu coordenadas que divergiam da localização do avião, o que desviou as equipes de resgate em mais de 100 quilômetros de onde realmente ocorreu a queda do avião.
Família
A Kenya Airways levou a Douala mais de 80 parentes das vítimas, mas os familiares criticaram as autoridades de Camarões, acusadas de impedi-los de visitar o local do acidente.
"Estamos pedindo às autoridades que permitam às famílias ver o local onde o avião caiu, já que, para elas, é muito importante para ajudar a cicatrizar as feridas", disse o porta-voz do governo queniano, Alfred Mutua.
No avião, que tinha seis meses de uso, viajavam 114 pessoas, entre passageiros e tripulação, entre eles 35 passageiros de Camarões, 15 da Índia, 7 da África do Sul, 2 da Guiné Equatorial e 5 do Reino Unido.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice