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13/05/2007
-
13h33
da France Presse
da Folha Online
O governo do Paquistão ordenou o envio de mais tropas para a cidade de Karachi (sul) após a violência entre grupos políticos rivais, que já deixou 40 mortos, voltar a atingir a região neste domingo. O confrontos ocorrem entre manifestantes favoráveis e contrários à destituição do ex-presidente da Suprema Corte pelo governo paquistanês.
O juiz Iftikhar Mohammed Chaudhry foi destituído em 9 de março em uma decisão governamental que provocou muitas manifestações dos meios judiciais e da oposição --desde os partidos islâmicos até as forças laicas.
Pelo menos 34 pessoas morreram e cem ficaram feridas sábado em confrontos entre grupos políticos rivais em Karachi.
Grande parte das vítimas pertencia a partidos da oposição, em particular o Partido Popular do Paquistão (PPP), formação da ex-premiê Benazir Bhutto, atualmente exilada.
Quase 15 mil policiais e membros das forças paramilitares foram mobilizados para evitar atos de violência.
Símbolo
Desde sua destituição, o ex-presidente da Suprema Corte Suprema do Paquistão virou o símbolo da oposição ao poder militar encarnado há oito anos pelo governo de Pervez Musharraf.
A oposição denuncia uma manobra do presidente para se livrar do juiz mais importante do país antes das eleições do final do ano, enquanto o regime acusa a oposição de politizar um assunto estritamente judicial.
A violência deste domingo deixou pelo menos quatro mortos, incluindo um policial.
Segundo a polícia e testemunhas, um grupo de manifestantes bloqueou neste domingo a principal avenida de Karachi, com pneus queimados e jogando pedras contra os veículos.
"A situação é tensa", confirmou Azhar Farooqi, chefe de polícia da cidade.
Disputa
Acusado de "mau comportamento e abuso de autoridade" pelo premiê, Chaudhry nega ter cometido qualquer abuso e se recusa a renunciar.
A crise começou na preparação para a eleição geral no país, que contou com uma tentativa de Musharraf, um importante aliado dos EUA, de garantir um novo mandato.
Musharraf, que é também o chefe do Exército, quer ser reeleito pelas assembléias nacional e provinciais antes que elas sejam dissolvidas para a eleição geral que ocorrerá no final do ano.
Para analistas, seu principal motivo para remover Chaudhry é o desejo de evitar um possível desafio constitucional a seus planos.
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Paquistão envia reforço de tropas à Karachi após confrontos
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da Folha Online
O governo do Paquistão ordenou o envio de mais tropas para a cidade de Karachi (sul) após a violência entre grupos políticos rivais, que já deixou 40 mortos, voltar a atingir a região neste domingo. O confrontos ocorrem entre manifestantes favoráveis e contrários à destituição do ex-presidente da Suprema Corte pelo governo paquistanês.
12.mai.2007/Reuters |
Iftikhar Mohammed Chaudhry é cercado por simpatizantes |
Pelo menos 34 pessoas morreram e cem ficaram feridas sábado em confrontos entre grupos políticos rivais em Karachi.
Grande parte das vítimas pertencia a partidos da oposição, em particular o Partido Popular do Paquistão (PPP), formação da ex-premiê Benazir Bhutto, atualmente exilada.
Quase 15 mil policiais e membros das forças paramilitares foram mobilizados para evitar atos de violência.
Símbolo
Desde sua destituição, o ex-presidente da Suprema Corte Suprema do Paquistão virou o símbolo da oposição ao poder militar encarnado há oito anos pelo governo de Pervez Musharraf.
A oposição denuncia uma manobra do presidente para se livrar do juiz mais importante do país antes das eleições do final do ano, enquanto o regime acusa a oposição de politizar um assunto estritamente judicial.
A violência deste domingo deixou pelo menos quatro mortos, incluindo um policial.
Segundo a polícia e testemunhas, um grupo de manifestantes bloqueou neste domingo a principal avenida de Karachi, com pneus queimados e jogando pedras contra os veículos.
"A situação é tensa", confirmou Azhar Farooqi, chefe de polícia da cidade.
Disputa
Acusado de "mau comportamento e abuso de autoridade" pelo premiê, Chaudhry nega ter cometido qualquer abuso e se recusa a renunciar.
12.mai.2007/AP |
Simpatizantes da oposição paquistanesa queimam pneus em protesto em Karachi |
Musharraf, que é também o chefe do Exército, quer ser reeleito pelas assembléias nacional e provinciais antes que elas sejam dissolvidas para a eleição geral que ocorrerá no final do ano.
Para analistas, seu principal motivo para remover Chaudhry é o desejo de evitar um possível desafio constitucional a seus planos.
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