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21/06/2007 - 11h35

Em meio à violência, Síria fecha passagem para o Líbano

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da Folha Online

Devido à violência sem trégua no norte do Líbano, a Síria decidiu fechar a passagem de Qaa-Jousseh, na fronteira entre os dois países, deixando apenas um ponto aberto para o transporte de pessoas e suprimentos. O vice-presidente da Síria, Farouk al Sharaa, afirmou nesta quinta-feira que o fechamento da passagem, realizado ontem, é uma medida de segurança.

Arte Folha Online

O Líbano enfrenta desde o último dia 20 de maio confrontos entre o Exército e os radicais do grupo islâmico Fatah al Islam no campo de refugiados palestinos de Nahr el Bared, em Trípoli (norte). O fechamento da fronteira com a Síria no norte gerou temores de que a passagem de Masnaa, a única outra em funcionamento entre os dois países, poderá ser fechada em seguida, mas o vice-presidente negou planos nesse sentido.

"A Síria não poderá fechar completamente a fronteira a não ser que se torne impossível melhorar as relações com o Líbano", acrescentou Al Sharaa.

Desde a retirada das tropas sírias do Líbano em 2005, Damasco é acusado de usar o controle sobre o fluxo de suprimentos e pessoas entre as fronteiras como forma de exercer pressão sobre Beirute.

Combates

No Líbano, o Exército mantém a exigência de rendição para os líderes do Fatah al Islam, refugiados no campo palestino em meio aos confrontos contínuos. Uma fonte política palestina citada pela agência Reuters afirmou que a pressão do Exército está dificultando os esforços para negociar o fim dos combates.

"O Exército libanês insiste na rendição de todos os líderes e membros-chave do Fatah al Islam. As coisas estão complicadas. Parece que a luta em Nahr el Bared vai continuar por algum tempo", disse o político palestino, acrescentando que até agora as iniciativas de mediar o conflito fracassaram.

Uma fonte de segurança libanesa confirmou que o Exército quer que o líder dos radicais, Shaker al Abssi, se entregue, assim como seu comandante militar, conhecido como Abu Hurayra. O combate no campo de refugiados é o pior conflito interno no Líbano desde a guerra civil (1975-1990)

Um grupo de clérigos palestinos vem tentando negociar o fim dos combates, que já mataram ao menos 164 pessoas, incluindo 75 soldados e 59 militantes, de acordo com dados da Reuters.

Al Qaeda

O Exército afirma que o Fatah al Islam iniciou o conflito em 20 de maio ao atacar seus postos de segurança. O grupo, que abriga guerrilheiros de várias partes do mundo árabe, disse que agiu para se defender.

11.06.2007/Efe
Coluna de fumaça sobe de Nahr el Bared após novos confrontos entre Exército e radicais
Coluna de fumaça sobe de Nahr el Bared após novos confrontos entre Exército e radicais

O ministro da Defesa do Líbano, Elias al Murr, afirmou que alguns dos guerrilheiros presos eram membros da rede terrorista Al Qaeda. "Há uma parte do grupo que pertence diretamente à Al Qaeda", disse Murr em uma entrevista publicada no jornal "An Nahar".

O Fatah al Islam afirma que não tem laços organizacionais com a rede terrorista, mas que compartilha de sua ideologia militante.

O Exército atacou fortemente o campo de refugiados nesta quinta-feira, além de lutar contra militantes ao redor da parte sul de Nahr el Bared, de acordo com Testemunhas.

A maioria dos 40 mil moradores originais do campo fugiu após o início dos conflitos, que já destruíram grande parte da infra-estrutura local.

Com Reuters e Associated Press

 

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