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Após 2 anos, vítimas de ataques em Londres esperam indenização
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da Efe, em Londres
Cerca de um quarto dos sobreviventes dos atentados de 7 de julho de 2005 em Londres --que mataram 54 pessoas e feriram mais de 700-- ainda não receberam totalmente a indenização por danos à qual têm direito.
A denúncia é do jornal londrino "Evening Standard", que indica que, no final de junho, aproximadamente um quarto de todas as reivindicações por danos apresentadas --cerca de 120 no total-- recebeu apenas uma resposta parcial das autoridades.
Uma das sobreviventes, a advogada Thelma Stober, que perdeu uma perna e ficou surda em uma das explosões no metrô, criticou no jornal a quantidade de formulários complicados que ela precisou preencher.
Stober, nascida em Serra Leoa, recebeu uma indenização de 33 mil libras (cerca de R$ 126 mil) e foi obrigada a pagar sessões de fisioterapia por conta própria.
Ela também desembolsou dinheiro por uma prótese da mesma cor que a outra perna.
A advogada, que se mudou com o marido e filho para o Condado de Hertfordshire, exigiu também a indenização à qual tinha direito pelos outros ferimentos sofridos, como a perda da audição, mas diz estar desesperada pelos trâmites burocráticos.
A Autoridade para as Compensações do Governo britânico formulou uma lista com as diferentes somas às quais as vítimas têm direito de acordo com a gravidade dos ferimentos.
Desta forma, os que ficaram tetraplégicos têm direito à indenização máxima --250 mil libras (cerca de R$ 957 mil)--, os que ficaram cegos dos dois olhos podem pedir 110 mil libras (cerca de R$ 421 mil), o mesmo valor que receberão os que perderam as duas pernas. Já os que perderam um braço terão direito a indenização de 44 mil libras (cerca de R$ 168 mil).
O jornal londrino chama de "vergonhoso" o fato de o então premiê do Reino Unido, Tony Blair, que prometeu que o pagamento das indenizações para as vítimas dos ataques seria agilizado, ter deixado o governo enquanto os sobreviventes continuam esperando uma resposta.
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