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09/07/2007 - 13h04

ONU suspende projetos em Gaza por escassez de mantimentos

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da Efe, em Gaza

A Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) informou nesta segunda-feira que, devido à tomada de controle da faixa de Gaza pelo movimento Hamas e do fechamento das passagens de fronteira com Israel, suspendeu diversos projetos de ajuda preparados na região.

Foi paralisada a construção de escolas e clínicas e a reforma de abrigos para refugiados, entre outros, disse hoje o assessor de imprensa da UNRWA, Adnan Abu Hasna.

Arte Folha Online

Vários projetos, no valor de US$ 93 milhões, estão suspensos após o fechamento das fronteiras. É por elas que entram regularmente os materiais enviados a Gaza, afirma a UNRWA em relatório enviado hoje à imprensa.

O movimento palestino radical Hamas tomou à força o controle da faixa de Gaza em 14 de junho, dando fim ao governo de coalizão com o partido rival Fatah. Após a tomada de Gaza, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, líder do Fatah, anunciou o fim do governo e montou um gabinete de emergência na Cisjordânia, e Israel fechou parcialmente as fronteiras com a faixa.

"É necessário retomar as operações nos postos de fronteira e que entrem não só alimentos ou remédios mas também os demais mantimentos. Caso contrário, Gaza enfrentará uma crise humanitária e de saúde", disse John Ging, diretor da agência na faixa.

Segundo militares israelenses, as passagens de Keren Shalom e Karni foram fechadas no final de junho devido aos confrontos entre facções palestinas e com a incapacidade do governo palestino de garantir seu funcionamento e mantê-las livres de "atividades terroristas".

Desde então, ambas funcionaram limitadamente. Através delas entram alimentos, remédios e provisões básicas, mas não material para continuar as obras, disse Adnan Abu Hasna.

"Muitos de nossos projetos têm a ver com construção de usinas de tratamento de água, clínicas e escolas", disse Ging. "Se estas obras não forem concluídas, as crianças pagarão o preço por não se ter achado soluções políticas que permitam abrir as passagens de fronteira".

De acordo com o relatório publicado pela UNRWA, "os projetos da Agência dão emprego a cerca de 121 mil pessoas e melhoram as condições de vida de mais de 16 mil refugiados que vivem em 'péssimas condições'".

Abu Hasna disse que desde o início da Intifada de al Aqsa, em setembro de 2000, e as posteriores operações militares de Israel, foram destruídas centenas de abrigos palestinos que a UNRWA tenta reconstruir.

A UNRWA afirmou ter enviado cartas ao Exército israelense para pedir a reabertura das passagens que conectam Gaza com Israel e o Egito. A agência pede também que elas funcionem na capacidade total e não apenas duas horas por dia, como atualmente.

Segundo Abu Hasna, a abertura ajudou mas de forma limitada. "Recebemos alimentos e mantimentos básicos através do terminal de Karni, mas não é suficiente", disse.

 

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