Publicidade
Publicidade
ONU suspende projetos em Gaza por escassez de mantimentos
Publicidade
da Efe, em Gaza
A Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) informou nesta segunda-feira que, devido à tomada de controle da faixa de Gaza pelo movimento Hamas e do fechamento das passagens de fronteira com Israel, suspendeu diversos projetos de ajuda preparados na região.
Foi paralisada a construção de escolas e clínicas e a reforma de abrigos para refugiados, entre outros, disse hoje o assessor de imprensa da UNRWA, Adnan Abu Hasna.
Arte Folha Online |
Vários projetos, no valor de US$ 93 milhões, estão suspensos após o fechamento das fronteiras. É por elas que entram regularmente os materiais enviados a Gaza, afirma a UNRWA em relatório enviado hoje à imprensa.
O movimento palestino radical Hamas tomou à força o controle da faixa de Gaza em 14 de junho, dando fim ao governo de coalizão com o partido rival Fatah. Após a tomada de Gaza, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, líder do Fatah, anunciou o fim do governo e montou um gabinete de emergência na Cisjordânia, e Israel fechou parcialmente as fronteiras com a faixa.
"É necessário retomar as operações nos postos de fronteira e que entrem não só alimentos ou remédios mas também os demais mantimentos. Caso contrário, Gaza enfrentará uma crise humanitária e de saúde", disse John Ging, diretor da agência na faixa.
Segundo militares israelenses, as passagens de Keren Shalom e Karni foram fechadas no final de junho devido aos confrontos entre facções palestinas e com a incapacidade do governo palestino de garantir seu funcionamento e mantê-las livres de "atividades terroristas".
Desde então, ambas funcionaram limitadamente. Através delas entram alimentos, remédios e provisões básicas, mas não material para continuar as obras, disse Adnan Abu Hasna.
"Muitos de nossos projetos têm a ver com construção de usinas de tratamento de água, clínicas e escolas", disse Ging. "Se estas obras não forem concluídas, as crianças pagarão o preço por não se ter achado soluções políticas que permitam abrir as passagens de fronteira".
De acordo com o relatório publicado pela UNRWA, "os projetos da Agência dão emprego a cerca de 121 mil pessoas e melhoram as condições de vida de mais de 16 mil refugiados que vivem em 'péssimas condições'".
Abu Hasna disse que desde o início da Intifada de al Aqsa, em setembro de 2000, e as posteriores operações militares de Israel, foram destruídas centenas de abrigos palestinos que a UNRWA tenta reconstruir.
A UNRWA afirmou ter enviado cartas ao Exército israelense para pedir a reabertura das passagens que conectam Gaza com Israel e o Egito. A agência pede também que elas funcionem na capacidade total e não apenas duas horas por dia, como atualmente.
Segundo Abu Hasna, a abertura ajudou mas de forma limitada. "Recebemos alimentos e mantimentos básicos através do terminal de Karni, mas não é suficiente", disse.
Leia mais
- Crise eleva temor de racha definitivo entre Gaza e Cisjordânia
- Israel fortalece Abbas e apóia Blair para enviado ao Oriente Médio
- Israel defende "ação dramática" para melhorar vida na Cisjordânia
- Hamas critica proposta de libertação de presos do Fatah por Israel
- Líderes árabes discutem crise palestina com Olmert no Egito
- Após um ano, Hamas divulga gravação de áudio de soldado de Israel"
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice