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09/07/2007 - 14h04

Reino Unido condena quatro por ataques frustrados em 2005

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da Folha Online

Quatro homens foram condenados nesta segunda-feira no Reino Unido por planejaram um atentado frustrado contra o sistema de transporte de Londres em 21 de julho de 2005. O plano quase repetiu a tragédia dos atentados suicidas que, duas semanas antes, haviam matado 52 pessoas, afirma a mídia britânica.

Os condenados, muçulmanos de origem africana, teriam causado uma carnificina similar à dos ataques de 7 de julho de 2005 caso o plano tivesse funcionado, segundo a promotoria. Os detonadores de suas bombas caseiras não explodiram.

AP
Imagem de TV do metrô mostra Mohammed fugindo da estação em 21 de julho de 2005
Imagem de TV do metrô mostra Mohammed fugindo da estação em 21 de julho de 2005

Muktah Said Ibrahim, Yassin Hassan Omar, Ramzi Mohammed e, mais tarde, Hussein Osman foram considerados culpados de conspiração para cometer assassinato pela corte Crown Woolwich depois de um julgamento que durou seis meses.

Ibrahim, considerado o líder do grupo, nasceu na Eritréia e foi para o Reino Unido ainda adolescente na década de 1990, para escapar da guerra de seu país com a Etiópia. Ele foi acusado por tentar detonar uma bomba em um ônibus perto da estação de metrô Bank, no distrito financeiro de Londres.

Em sua defesa, Ibrahim afirmou que fez as bombas com detonadores defeituosos de propósito e que sua intenção era apenas protestar contra a guerra no Iraque, não matar civis, segundo a agência Reuters.

Já Omar tentou, segundo a polícia, explodir uma bomba em um metrô da linha Victoria, na estação Warren Street, no centro de Londres. Ele nasceu na Somália e chegou ao Reino Unido como refugiado. Seu apartamento foi usado para fabricar as bombas. Assim como Ibrahim, ele afirmou que sua intenção não era matar ninguém, mas apenas protestar.

Mohammed, o terceiro condenado, tentou explodir outra bomba na linha de metrô Northern, perto da estação Oval, no sul de Londres. Ele veio da Somália para o Reino Unido nos anos 1990. Uma câmera de TV do metrô capturou imagens de Mohammed apontando os explosivos que tentou detonar para uma mulher com uma criança.

Osman, segundo a promotoria, tentou detonar uma bomba em um metrô da linha Hammersmith and City. Ele disse que seu verdadeiro no me é Handi Issac e que nasceu na Etiópia.

Depois que sua bomba não funcionou, ele teria pulado do metrô e passado pela casa de um casal de idosos, dizendo: "Não vou machucá-los, estou apenas passando", afirmou a polícia. Ele foi preso na Itália e extraditado para o Reino Unido. Osman também afirmou que o plano pretendia apenas assustar as pessoas.

Nota suicida

Segundo a acusação, Mohammed deixou um bilhete suicida antes de tentar perpetrar o atentado.

No bilhete, ele dedica a ação a Alá e pede para ser recebido no paraíso. À sua família ele pede que não chorem, mas "se regozijem em felicidade e amor, pois eu fiz por Alá e ele ama aqueles que lutam por ele".

"Minha família, pratique sua religião, segure firme na corda de Alá, e não a solte. Rezem suas cinco orações diárias, para que possam ser salvos do inferno e, com a permissão de Alá, eu intercederei por vocês (...)."

Outros acusados

O júri ainda está considerando o veredito do julgamento de dois outros acusados de conspiração para cometer assassinato em Londres.

As condenações chegam dias depois de novas tentativas de atentados frustrados no Reino Unido. Oito suspeitos estão detidos por supostamente lançarem um jipe em chamas contra o aeroporto de Glasgow (Escócia) no dia 30 junho e deixarem dois carros-bomba no centro de Londres no dia 29 de junho.

A polícia britânica descobriu os carros-bomba antes que pudessem ser detonados. Nenhum dos ataques deixou vítimas. Até o momento, apenas um dos detidos, um médico de origem iraquiana, foi acusado pelos atos.

Outro suspeito por estas recentes tentativas de atentado, detido na Austrália, ficará mais 48 horas em poder da polícia para interrogatório, segundo decisão emitida hoje por um juiz local.

Um juiz em Brisbane aprovou a extensão de um mandado de prisão para permitir a autoridades locais que mantenham o médico Mohamed Haneef, do hospital Queensland, detido até as 18h da próxima quarta-feira (11). "A extensão vai permitir a análise de materiais obtidos durante a investigação", disse um porta-voz da polícia federal da Austrália (AFP).

Um agente da AFP viajou para a Índia para trabalhar com autoridades locais na investigação de materiais obtidos durante uma série de buscas efetuadas na Austrália. Haneef foi detido em um aeroporto internacional quando tentava embarcar com passagem só de ida para a Índia.

Com Reuters

 

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