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Chávez quer expulsão de estrangeiros que falem mal de seu governo
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da Efe, em Caracas
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, determinou hoje à vice-presidência e aos ministérios do Interior e de Relações Exteriores que expulsem do país estrangeiros que falem mal da Venezuela e do governo.
"Estrangeiros que vierem aqui denegrir a imagem dos venezuelanos e do governo livre, democrático e legítimo da Venezuela têm de ser, com todo respeito, mandados para Maiquetía", afirmou, referindo-se ao aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetía, 30 quilômetros ao norte de Caracas.
A declaração foi dada em seu programa dominical "Alô, Presidente". Chávez falou sobre o tema um dia depois de o presidente da Organização Democrata Cristã da América (ODCA), Manuel Espino, afirmar, em Caracas, que o governo venezuelano é um exemplo da "tendência demagógica, populista e autoritária que atenta contra as liberdades e direitos fundamentais dos cidadãos".
Espino, líder do Partido Ação Nacional (PAN) do México, assinalou em entrevista coletiva que uma nova reforma constitucional como a proposta por Chávez para anular os limites às reeleições presidenciais na Venezuela, lhe parecia "uma argúcia do presidente para se manter no poder".
O mexicano também criticou a recente decisão de Chávez de não renovar a permissão da emissora privada de televisão RCTV para operar em sinal aberto. "Aparentemente, o presidente não gostou das críticas ao seu governo e cometeu um abuso, um atropelo", criticou Espino.
"Até quando nós vamos permitir que um fulano de tal, de outro país do mundo, venha aqui mesmo, em nossa casa, para dizer que aqui há uma ditadura e que o presidente é um tirano? Não, isso está proibido aos estrangeiros", afirmou hoje o presidente. "Eu disse ontem à noite ao vice-presidente [Jorge Rodríguez]: 'Já basta. Vocês querem que eu mesmo vá buscá-los, os coloque em um carro e os ponha dentro de um avião?'", acrescentou, ao criticar a falta de ação do governo frente às críticas.
"Nenhum estrangeiro, seja ele quem for, pode vir aqui e criticar nosso governo. Aqueles que vierem devem ser expulsos deste país. Não se pode permitir, é uma questão de dignidade", acrescentou. "Não é um problema pessoal, é um problema de dignidade nacional."
Chávez, porém, afirmou que evitará "atropelos", como o ocorrido na expulsão de um intelectual argentino em 1995 devido a artigos escritos em um hotel de Caracas, mas para serem publicados em Buenos Aires. "Tiveram acesso a uma cópia de um artigo que não era para ser publicado aqui, mas no exterior [...]. Mas, como saiu publicado, o prenderam e depois o expulsaram algemado. Não é disso que estamos falando."
Chávez também afirmou que, há pouco tempo, "deportaram da Colômbia dois venezuelanos, um reitor de uma universidade e um deputado, pois o governo colombiano considerou que estavam interferindo em seus assuntos internos".
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