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25/07/2007 - 11h38

Milhares de paquistaneses fogem após alerta para ação do Exército

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da Folha Online

Milhares de paquistaneses fugiram de vilas tribais do Paquistão nesta quarta-feira, em meio ao temor de uma ofensiva do Exército contra supostos membros da rede terrorista Al Qaeda que teriam bases na região. A fuga chega após o aumento da pressão dos Estados Unidos para que o governo paquistanês aperte o cerco aos terroristas no país.

Desde a última semana, quando o presidente dos EUA, George W. Bush, afirmou que a Al Qaeda está se fortalecendo em regiões tribais do Paquistão, cresce a expectativa com uma operação de contraterrorismo do Exército paquistanês na região do Waziristão do Norte, perto da fronteira com o Afeganistão.

"Não temos alternativa a não ser orar a Alá por nossa segurança e nossas vidas", disse Akbar Khan, trabalhador da vila de Miranshah. Pouco antes da afirmação de Bush, líderes tribais suspeitos de apoiarem membros do movimento islâmico radical afegão Taleban romperam um pacto de paz de dez meses com o governo paquistanês.

O Exército afirma que matou ao menos 54 radicais em confrontos desde o último sábado, a maioria em ações de retaliação a ataques. Um reforço das tropas na região vem sendo vista com crescente desconfiança. A rodovia principal que liga a região tribal do Paquistão ao resto do país foi bloqueada por razões de segurança hoje.

Milhares de moradores da vila de Macha Mandakhel, 40 km a oeste de Miranshah, deixaram a cidade hoje depois que o Exército ameaçou revidar um ataque que matou 12 soldados na última semana.

Ataques

Em meio ao temor, os ataques continuam. Ao menos 15 pessoas morreram, entre elas duas crianças, e outras 35 ficaram feridas, cinco delas em estado grave, na madrugada desta quarta-feira, após um ataque com foguetes contra um povoado paquistanês na região noroeste do país, perto da fronteira afegã, informou um porta-voz da polícia citado pela agência Efe.

Segundo a fonte, quatro foguetes atingiram a localidade de Bannu por volta das 2h (18h de ontem, em Brasília), causando danos a várias casas, uma mesquita e uma loja. Entre os feridos, há cinco policiais.

Até o momento, ninguém assumiu a autoria do ataque, que uma fonte oficial classificou como terrorista. Tudo indica que os projéteis foram lançados de uma colina próxima, segundo a polícia de Bannu.

As autoridades declararam estado de emergência na região. Policiais, bombeiros e voluntários civis participaram dos trabalhos de resgate.

O governador da Província da Fronteira do Noroeste, Akram Durrani, acredita que o ataque pode ser uma resposta ao assalto do Exército paquistanês à Mesquita Vermelha de Islamabad, no início do mês. A operação deixou mais de cem mortos.

Durrani disse à imprensa que a ação militar causou indignação na população da Província, local de origem de mais de 80% dos estudantes islâmicos que freqüentavam a escola corânica da Mesquita Vermelha.

Bannu fica na Província da Fronteira Noroeste, na divisa com a região tribal do Waziristão Norte, reduto dos radicais islâmicos associados à Al Qaeda e local onde o Exército disse ter matado 35 guerrilheiros islâmicos ontem.

Os radicais muçulmanos intensificaram seus ataques desde que, no começo do mês, o Exército paquistanês invadiu a Mesquita Vermelha, em Islamabad, considerada bastião de radicais antigoverno.

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Com Reuters e Efe

 

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