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Ministro argentino da Economia demite dois diretores de banco estatal
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da Folha Online
da France Presse, em Buenos Aires
Dois diretores do Banco Hipotecário --de controle acionário estatal-- e que tinham fortes ligações com a ex-ministra da Economia argentina Felisa Miceli foram demitidos pelo novo chefe da pasta, Miguel Peirano, informou nesta quinta-feira o Ministério.
Jorge March e Jaime Grinberg eram os representantes do governo no banco argentino de controle estatal. Eles haviam sido nomeados em maio de 2006 por Miceli, segundo o Ministério argentino.
Miceli renunciou ao cargo de ministra da Economia em 16 de julho, após suspeitas de envolvimento num escândalo de corrupção. Em seu lugar, assumiu o então secretário de Indústria, Miguel Peirano, indicado pelo presidente da Argentina, Néstor Kirchner.
March é um contador ligado à indústria farmacêutica e muito próximo a Horacio Miceli, o irmão da ex-ministra. Já Grinberg é arquiteto e foi sócio de Adriana Miceli, irmã da ex-ministra.
Foram levantadas suspeitas sobre March por ele ter sido a última pessoa a se reunir com a ex-ministra, em seu gabinete no Palácio da Fazenda, antes da aparição de uma bolsa com dinheiro durante uma inspeção de rotina da Brigada Antiexplosivos --incidente que desencadeou a acusação de envolvimento de Felisa Miceli num escândalo de corrupção.
Grinberg tornou-se suspeito porque, pouco depois de ingressar no Banco Hipotecário, sua ex-sócia --arquiteta e irmã de Felisa Miceli-- foi contratada pela instituição financeira para gerenciar o Plano da Casa Própria, cujo orçamento é de mais de US$ 300 milhões.
O Banco Hipotecário foi privatizado parcialmente e é gerenciado pelo grupo IRSA, mas o governo argentino mantém 53,9% das ações e o poder de eleger dois membros da direção do banco.
Inflação manipulada
As duas demissões anunciadas nesta quinta-feira somam-se a uma série de mudanças adotadas pelo novo ministro da Economia da Argentina. Na quarta-feira (25), ele demitiu também o diretor do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), instituto oficial investigado por mudanças introduzidas na elaboração do índice de inflação, crucial em um ano eleitoral.
O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, deu seu respaldo aos dados do Indec nesta quinta-feira e acusou "o lobby dos fundos de investimento" de levantar dúvidas sobre a cifra oficial da inflação para "obter lucros fora do normal".
"Não tenho nenhuma dúvida de que o Indec está trabalhando muito bem e de forma correta", disse Kirchner.
O custo de vida acumulou um aumento oficial de 3,9% no primeiro semestre de 2007, mas as consultorias particulares e os órgãos de defesa do consumidor falam em ao menos o dobro. Funcionários do Indec denunciaram "manipulação" dos índices por parte do governo.
As eleições presidenciais na Argentina estão marcadas para 28 de outubro. A primeira-dama e senadora Cristina Fernández de Kirchner é uma das principais candidatas à sucessão do marido.
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