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Centenas de estudantes ocupam Mesquita Vermelha no Paquistão
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da Folha Online
Pouco mais de duas semanas depois do fim do cerco e invasão da Mesquita Vermelha de Islamabad pelo Exército do Paquistão --uma operação que deixou ao menos 108 mortos-- centenas de estudantes e fiéis islâmicos invadiram o local nesta sexta-feira para exigir a volta de um clérigo radical afastado pelo governo.
A multidão expulsou o clérigo apontado pelas autoridades governamentais para ocupar o lugar do líder Abdul Aziz. Forças de segurança se concentram perto da mesquita, elevando o temor de novos confrontos.
Os manifestantes ergueram bandeiras negras e subiram para o telhado da mesquita, enquanto policiais no exterior pedem que a multidão se disperse. Segundo a agência Efe, os policiais começaram a lançar bombas de gás lacrimogêneo contra os muçulmanos.
Abdul Aziz, que os islâmicos querem trazer de volta para a mesquita, está atualmente detido pelo governo. Ele liderou muçulmanos que protestavam contra o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, durante a maior parte do cerco e a invasão da Mesquita Vermelha.
Radicais
Vários manifestantes choraram ao entrar nas ruínas de um seminário local para meninas que foi demolido por autoridades nesta semana. Os radicais haviam usado o seminário para resistir às forças governamentais durante o cerco.
A multidão também manifestou seu apoio ao ex-líder da mesquita, Abdul Rashid Ghazi, irmão de Aziz, que liderou o protesto no início do mês até ser morto por forças de segurança. "Ghazi, seu sangue irá nos levar à revolução", gritavam os manifestantes hoje.
O comissário de polícia de Islamabad, Khalid Pervez, disse que forças policiais não queriam entrar na mesquita por temor de que seja detonada uma nova onda de confrontos. Ele afirmou que os policiais estão cercando o local e mantendo a situação sob controle.
Mesquita Vermelha
Os radicais da Mesquita Vermelha são acusados de apoiarem o movimento radical afegão Taleban e de tentarem estabelecer no Paquistão um regime similar ao que o grupo tinha no Afeganistão antes da invasão americana, em 2001. Eles se opõe também à aliança entre o presidente Musharraf e os Estados Unidos na chamada guerra contra o terror mundial.
A invasão do Exército começou na madrugada do dia 3 de julho, após uma semana de cerco, e terminou cerca de 35 horas depois. O total de mortos é de 108 em oito dias de confrontos.
Os confrontos na Mesquita Vermelha em Islamabad foram resultado de meses de tensão entre governo e radicais da mesquita, que realizavam uma "campanha pela moralização" para pressionar pela aplicação da lei islâmica no Paquistão.
Com Associated Press e Efe
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