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Morte de Litvinenko foi "terrorismo nuclear", diz embaixador
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da Efe, em Moscou
O representante da Comissão Européia na Rússia, Marco Franco, afirmou neste sábado (28) que o assassinato do dissidente e ex-espião russo Alexander Litvinenko com polônio radioativo em Londres representou um ato de "terrorismo nuclear".
"Talvez seja o primeiro caso de terrorismo nuclear cometido no mundo", disse Franco em entrevista coletiva em Elista, capital da república russa da Calmúquia, de acordo com a agência de notícias russa Interfax.
O diplomata europeu afirmou que o atentado com polônio 210, substância radioativa altamente tóxica, criou uma ameaça de contaminação que colocou a vida de muitas pessoas em Londres em risco.
Franco acrescentou que a Comissão Européia "entende a preocupação" das autoridades britânicas, que pediram a extradição do principal suspeito, o empresário e ex-agente Andrei Lugovoi. O pedido foi negado pela Rússia, pois a Constituição do país proíbe a medida.
"Esperamos que o governo da Rússia decida cooperar com o Reino Unido para prender os responsáveis pelo homicídio", afirmou Franco.
O Reino Unido expulsou quatro diplomatas russos, suspendeu a cooperação antiterrorista bilateral e suprimiu o regime simplificado de expedição de vistos para altos funcionários. Em resposta, a Rússia adotou as mesmas medidas.
Litvinenko, antigo espião russo exilado no Reino Unido, morreu em 23 de novembro de 2006 no hospital do University College da capital britânica, após ser envenenado semanas antes.
No dia 1º de novembro de 2006, depois de se reunir com Lugovoi e outro compatriota, Dmitri Kovtun, no hotel Millennium de Londres, ele tomou uma xícara de chá.
As provas de radiação de várias pessoas que trabalhavam no estabelecimento deram positivo.
Em carta póstuma, Litvinenko acusou o Kremlin de estar por trás do assassinato, por ter acusado os serviços secretos russos de forjar uma série de explosões em um edifício de Moscou em 1999 para criar uma comoção e ajudar Vladimir Putin a chegar à Presidência.
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