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04/08/2007 - 14h00

Escalada da violência no Paquistão deixa 19 mortos

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da France Presse, em Islamabad

Pelo menos 19 pessoas, incluindo quatro soldados e dez supostos combatentes islâmicos, morreram neste sábado na onda de violência que afeta o Paquistão há um mês, informaram fontes oficiais.

Um grupo de extremistas atacou militares na região tribal do noroeste do país, perto da fronteira com o Afeganistão. Segundo o Exército, radicais pró-Taleban (movimento radical islâmico afegão) dispararam entre 50 e 60 foguetes contra cinco postos militares antes de atacar um deles com armas automáticas em Dosali, no distrito do Waziristão do Norte.

Anjum Naveed/AP
Paquistanesa participa de manifestação de apoio aos ex-líderes da Mesquita Vermelha
Paquistanesa participa de manifestação de apoio aos ex-líderes da Mesquita Vermelha

"Depois, eles atacaram outro posto, mas os soldados responderam e os mataram",afirmou o general Waheed Arshad, porta-voz do Exército. Ele confirmou as mortes de dez rebeldes e quatro soldados.

Na cidade de Parachinar, 50 km ao norte de Dosali, ao menos cinco civis morreram e mais de 20 ficaram feridos em um atentado suicida com carro-bomba.

O terrorista jogou um carro repleto de explosivos contra um grupo de veículos estacionados à beira da principal estrada da cidade, informou à AFP o secretário de segurança de Parachinar, Arbab Mohammad Arif.

A bomba explodiu em um ponto de táxis da cidade, que fica 240 km ao oeste de Islamabad, de acordo com Mujtaba Asghar, um funcionário do governo local.

Asghar acrescentou que cinco estabelecimentos comerciais foram destruídos, assim como vários veículos. "Pedaços de corpos eram vistos ao redor do local da explosão", Mohammad Sajjad, que testemunhou o atentado.

Onda de violência

O Paquistão sofre uma onda de atentados que atingiu dimensões inéditas desde a sangrenta operação dos dias 10 e 11 de julho na Mesquita Vermelha de Islamabad, onde uma centena de pessoas morreram. O Exército invadiu a mesquita após uma semana de cerco a radicais islâmicos que defendiam a implantação da lei islâmica no país.

Outros dois atentados deixaram mais de 30 mortos no centro de Islamabad nos dias 17 e 27 de julho.

No total, desde a invasão da Mesquita Vermelha mais de 230 pessoas morreram em atos de violência no país, que registrou no mesmo período 13 atentados suicidas.

O presidente do Paquistão, o general Pervez Musharraf, prometeu nesta sexta-feira erradicar a ameaça terrorista do país, perseguindo os radicais nas zonas tribais.

Os Estados Unidos, que têm o Paquistão como aliado na chamada guerra contra o terrorismo, afirma que as zonas tribais fronteiriças são um refúgio para a rede terrorista Al Qaeda e os talebans afegãos.

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