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Mulher passa cinco anos fingindo pertencer ao Exército israelense
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da Efe, em Jerusalém
Uma israelense frustrada porque recebeu baixa das autoridades militares ao ser considerada inadequada para o serviço militar obrigatório fingiu servir ao Exército durante cinco anos, informa nesta quarta-feira o jornal "Yedioth Ahronoth".
Orit Rajamim, 24, de Jerusalém, foi recrutada como todos os jovens israelenses aos 18 anos. O jornal afirma que ela saía de casa todas as manhãs, usando uniforme, e contava à família que tinha se alistado no Exército. A prática é comum entre os jovens ao fim do serviço obrigatório, que é de 20 meses para mulheres.
Depois de algum tempo, a jovem teria comunicado que tinha sido promovida a tenente, e pouco antes de ser descoberta, já era capitão.
A jovem supostamente comprava as insígnias e também possuía uma imitação de um fuzil M-16 com mira telescópica, que comprou por 4.000 shekels (cerca de R$ 1.900). Ela se dizia subcomandante de uma unidade de infantaria.
Rajamim nunca despertou suspeitas. Segundo o jornal, ela chegou a simular que foi ferida na testa durante o conflito do ano passado no Líbano.
Ela foi detida ontem, em Jerusalém, devido à queixa de um soldado. Ele comunicou o extravio de um cartão de crédito especial militar para a compra de uniformes das Forças Armadas.
A polícia achou na casa da jovem outra arma, munição e um mapa militar secreto. Ela pode ser julgada por furto e simulação.
A acusada costumava fazer amizade com os membros do Exército nas Casas do Soldado (Yad a-Banim), uma rede de estabelecimentos em todas as cidades do país que prestam assistência aos militares. Assim, conseguia viajar com eles para suas bases, sem que ninguém notasse que era uma intrusa, apesar das rígidas medidas de segurança freqüentes nos postos de guarda.
Um profissional do Serviço de Psiquiatria do Ministério da Saúde Pública, Hagai Jermesh, disse ao jornal que, "em muitos casos, os simuladores são pessoas que buscam honra e prestígio, como no caso dos que se disfarçam de médicos".
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