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27/08/2007 - 15h39

Grécia investiga incêndio florestal que matou ao menos 63

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da Folha Online

Autoridades gregas ordenaram a abertura de uma investigação sobre as causas do incêndio florestal que matou ao menos 63 pessoas, e analisam se a ação pode ser considerada um ato terrorista, informou o Ministério de Ordem Pública da Grécia nesta segunda-feira.

As autoridades trabalham com a hipótese de incêndio criminoso. O governo ofereceu uma recompensa de US$ 1,4 milhão [cerca de R$ 3,7 milhões] para quem der informações que levem aos culpados.

Louisia Gouliamaki/AFP
Incêndio florestal mata ao menos 63 pessoas e desaloja população em vilas na Grécia
Incêndio florestal mata ao menos 63 pessoas e desaloja população em vilas na Grécia

Dimitris Papangelopoulos --que é responsável pelo departamento que investiga atos terroristas e crime organizado-- informou em um comunicado que autoridades gregas analisam se a ação pode ser enquadrada na lei antiterrorista do país. Caso isso aconteça, as autoridades terão poderes mais amplos de investigação e detenções.

A investigação também visa estabelecer as identidades dos responsáveis pelo incêndio.

"Tantos focos de incêndio tendo início ao mesmo tempo em tantas partes do país não podem ser uma coincidência", afirmou o premiê Costas Karamanlis em um discurso no sábado (25).

"O Estado fará todo o possível para identificar os responsáveis e puni-los", acrescentou.

Várias pessoas foram detidas sob suspeita de ligação com o incêndio.

Um homem foi acusado de homicídio em conexão com um foco iniciado na cidade de Areopolis na sexta-feira (24), que matou seis pessoas.

Neste domingo, o ministro de Ordem Pública, Vyron Polydoras, sugeriu que o incêndio faria parte de um "plano deliberado".

"Nós tivemos algumas prisões e testemunhos que serão incluídos nas investigações. Nós podemos dizer que se trata de uma ameaça que não podemos medir", afirmou. Segundo ele, o fato de muitos focos terem surgido durante a madrugada, de forma simultânea e em locais onde motoristas e ciclistas "geralmente não chegam", leva à essa conclusão.

Fogo

Focos de incêndio se espalharam por vilas, florestas e propriedades rurais nos últimos três dias, deixando um rastro de terra queimada, casas destruídas e carcaças de animais carbonizados.

Louisa Gouliamaki/AFP
Moradores de vilas deixam suas casas após incêndio que matou ao menos 63 pessoas
Moradores de vilas deixam suas casas após incêndio que matou ao menos 63 pessoas

"Os incêndios estão se propagando por mais de metade do país. Esta é uma tragédia sem precedentes na Grécia", disse neste domingo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Nikos Diamandis.

Mais de 800 bombeiros gregos, ajudados por dezenas de colegas vindos de outros países, assim como 20 aviões e 19 helicópteros, lutavam contra as chamas no Peloponeso e em Phiotida, no centro do país, tentando apagar os novos focos iniciados no domingo. O governo grego decretou no sábado (25) três dias de luto nacional e estado de emergência no país.

As chamas chegaram a poucos metros da chamada Antiga Olímpia, nos muros do museu e do sítio arqueológico. Helicópteros e aeronaves cobriram as ruínas milenares com água e espuma. "Os bombeiros lutaram uma batalha na Olímpia Antiga e venceram", disse Diamandis.

Desespero

"O fogo está ao redor de nossa vila e nada foi feito. Estamos por nossa conta", afirmou um morador da vila de Frixa, a mais atingida do Peloponeso, à rede de TV Antenna.

Uma mulher da vila de Porthyo fez outro apelo às autoridades. "A vila está cercada e estamos presos. Por favor, ajudem. Tenho pessoas idosas em casa e não tenho como removê-las".

Vários países prometeram enviar ajuda à Grécia. Aviões da França, da Espanha e da Itália já participam das operações, assim como bombeiros do Chipre, da Franca e de Israel.

Outros dez países devem começar a enviar ajuda nesta segunda-feira.

Com Reuters e Associated Press

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