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22/09/2007 - 16h38

EUA expressam a Morales preocupação sobre relação com o Irã

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da Efe, La Paz

O Governo dos Estados Unidos transmitiu neste sábado ao presidente da Bolívia, Evo Morales, sua preocupação com a relação que tem com o Irã e o programa nuclear do país, que é "patrocinador do terrorismo no mundo".

A preocupação com esta questão e a rejeição de Washington a mais cultivos de coca legais foram expressadas pelo embaixador dos EUA na Bolívia, Philip Goldberg, que se encontrou com Morales no Palácio de Governo na madrugada de hoje, às 5h (6h em Brasília).

"Falei com o Governo boliviano para expressar nossa política, [que é] a política da maioria dos países do mundo. Tomara que eles adotem a mesma postura em relação a este programa nuclear", afirmou Goldberg ao sair do Palácio.

O embaixador acrescentou que os "bolivianos sabem muito bem" da posição de Washington, das nações do mundo e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o programa nuclear do Irã.

"Nós consideramos que o Irã é um país patrocinador do terrorismo no mundo que agora tem que cumprir os requisitos da comunidade internacional com seu programa nuclear para permitir inspeções", ressaltou o diplomata.

Na semana passada, Morales oficializou o início de suas relações diplomáticas com o Irã, depois que o país ofereceu cooperação petrolífera e industrial à Bolívia.

Na sexta-feira chegou a La Paz uma missão de empresários iranianos para desenvolver a cooperação prometida a Morales nas áreas da transferência tecnológica, industrialização e projetos no âmbito produtivo.

Goldberg, que esteve esta semana em Washington, explicou que pediu a reunião com o presidente para falar "direta e francamente" sobre o estado das relações dos EUA com a Bolívia.

Ele disse que os dois Governos devem trabalhar de forma conjunta para reduzir os cultivos da folha de coca e que Washington não aceita o aumento do limite legal para essas plantações, de 12 mil a 20 mil hectares, como pretende Morales.

"A Bolívia tem muito mais que 20 mil hectares [de plantações] atualmente, e é preciso reduzir este número. Podemos ajudar neste trabalho", ressaltou.

Segundo o Governo boliviano, há no país atualmente cerca de 28.500 hectares de coca, e passar a 20 mil representará uma redução.

Morales, que ainda dirige sindicatos cocaleiros da região de Chapare, argumentou que mais cultivos legais permitirão usar a planta com fins medicinais e nutricionais.

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