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Câmara elege Yasuo Fukuda novo primeiro-ministro do Japão
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da Efe, em Tóquio
O Parlamento do Japão elegeu hoje o moderado Yasuo Fukuda, de 71 anos, para o cargo de primeiro-ministro, substituindo o demissionário Shinzo Abe.
Fukuda venceu a votação na Câmara dos Deputados e foi derrotado no Senado, onde a oposição tem maioria. Mas a Constituição japonesa estipula que, em caso de divergência, prevalece o resultado da Câmara Baixa.
O veterano recebeu 338 votos dos 477 deputados. Outros 117 votaram em Ichiro Ozawa, de 65 anos, líder do Partido Democrático (PD), de oposição, e 21 se dividiram entre candidatos do Partido Comunista, Partido Social Democrata e Novo Partido dos Cidadãos.
A eleição de Fukuda era considerada certa, devido à arrasadora maioria na Câmara Baixa da coalizão liderada por seu partido, o liberal-democrata (PLD), e pelo Novo Komeito, budista.
No Senado, no entanto, Ozawa venceu, apoiado pela maioria de oposição. Mesmo assim foram necessárias duas votações. Nenhum candidato recebeu mais de metade dos 239 votos na primeira rodada. Na segunda, Ozawa teve 133, contra 106 de Fukuda.
No domingo, Fukuda havia sido presidente do PLD, substituindo Abe, de 53 anos. O ex-primeiro-ministro saiu hoje do hospital onde estava internado desde a semana passada e foi ao Parlamento para votar.
Agora um comitê conjunto analisará os dois resultados. Mas isto é uma pura questão de protocolo. Pela Constituição japonesa, a proclamação de Fukuda é certa.
Yasuo Fukuda, ex-porta-voz do Governo, tem pela frente a difícil tarefa de unificar seu partido e o país após um ano de Governo de Shinzo Abe, marcado pelos escândalos de corrupção de seus ministros.
É mais moderado que o seu antecessor nacionalista e conservador. Defende uma política externa flexível e de cooperação com os vizinhos asiáticos.
Fukuda defende a proximidade com a China, um certo diálogo com a Coréia do Norte e evita fazer gestos que lembrem o imperialismo japonês, ao contrário de Shinzo Abe.
Foi o ministro porta-voz do Governo japonês que durou mais tempo no cargo, de outubro de 2000 a maio de 2004, nos Gabinetes de Yoshiro Mori e Junichiro Koizumi.
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