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EUA temem que junta limite acessos de enviado da ONU em Mianmar
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da Folha Online
A Casa Branca expressou preocupação de que a junta militar tenha traçado um caminho para o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU), Ibrahim Gambari, desviar dos protestos em Yangun, maior cidade de Mianmar.
Gambari foi enviado com urgência ao país para tentar convencer a junta militar a não empregar violência para conter manifestações.
Arte/ Folha Online |
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Os protestos em Mianmar começaram quanto houve um aumento no preço dos combustíveis em agosto e ganharam atenção mundial com o engajamento de monges budistas nas manifestações. O caso se tornou alvo da preocupação mundial quando a junta militar passou a reprimir os protestos com uso de força.
Na chegada de Gambari a Yangun, militares e barricadas da polícia tentavam afastar cerca de cem manifestantes pela democracia. O enviado não emitiu nenhuma opinião em sua chegada e rumou diretamente para a capital do país, Nay Pyi Daw.
"Nós nos preocupamos que o senhor Gambari tenha sido deslocado de Yangun para a nova capital no interior, longe dos centros populacionais", afirmou o porta-voz Gordon Johndroe, da Casa Branca, em um comunicado.
Johndroe reforçou o pedido de que a junta militar permita o acesso de Gambari a líderes religiosos, de oposição e inclusive a prêmio Nobel Aung San Suu Kyi.
"Eu espero encontrar todas as pessoa que eu devo", afirmou Gambari antes de chegar a Mianmar.
"Nós não estamos muito esperançosos, mas é nossa melhor arma", disse o ministro das Relações Exteriores de Cingapura, George Yeo, na sede da ONU em Nova York, sobre a visita de Gambari.
Neste sábado, a polícia disparou tiros de aviso para dispersar 100 estudantes que gritavam slogans e agitavam bandeiras vermelhas --uma referência aos protestos que levaram à morte de 3.000 pessoas em 1988 no país.
Após a invasão de dez monastérios na última quinta-feira (27), a presença dos monges budistas diminuiu consideravelmente nas manifestações pacíficas.
"A paz e a estabilidade foram restauradas", publicou a imprensa escrita controlada pelo Estado neste sábado. Os jornais locais também afirmaram que os protestos foram reprimidos com o menor uso de força possível.
Com Associated Press e Reuters
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