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06/01/2008 - 09h52

Estados Unidos cogitam ampliar papel da CIA no Paquistão

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da Folha Online

Conselheiros de segurança dos Estados Unidos cogitam ampliar a autorização da CIA (agência central de inteligência) e das Forças Armadas para que realizem operações secretas nas áreas tribais do Paquistão, informou neste domingo o jornal "The New York Times".

O debate surgiu como resposta a evidências de que a rede terrorista Al Qaeda e o grupo fundamentalista Taleban reforçaram suas atividades na região para desestabilizar o governo do país.

"Depois de anos priorizando o Afeganistão, achamos que os extremistas agora vêem uma chance de grande êxito, ao criar o caos no Paquistão", afirmou uma fonte citada pelo "NYT".

O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e conselheiros de segurança do presidente George W. Bush encontraram-se na última sexta-feira (4) para discutir a proposta --que faz parte da reavaliação da estratégia americana no Paquistão após o assassinato da ex-premiê e líder oposicionista, Benazir Bhutto.

Durante a reunião, os oficiais discutiram também qual seria a melhor forma de lidar com o Paquistão no processo eleitoral e pós-eleitoral. As eleições legislativas no país estão marcadas para o dia 18 de fevereiro.

De acordo com os participantes do encontro, a ameaça ao governo do ditador paquistanês, Pervez Musharraf, tornou-se tão séria que o próprio ditador e as lideranças militares concordariam em permitir uma ação mais ampla dos Estados Unidos no país, aponta o "NYT". Por enquanto, porém, ainda não foi tomada nenhuma decisão a esse respeito.

A administração de George W. Bush ainda não apresentou formalmente a proposta a Musharraf --que deixou o comando do Exército no mês passado-- ou a seu sucessor nas Forças Armadas, o general Ashfaq Parvez Kayani, quem, segundo avaliação da Casa Branca, seria mais receptivo à idéia.

No início de sua carreira, Kayani assessorou Bhutto enquanto ela exercia o cargo de premiê. Posteriormente, ele liderou os serviços de inteligência do país.

Nos planos dos Estados Unidos, a CIA teria menos restrições para selecionar e atacar alvos no Paquistão, em alguns casos com a ajuda da inteligência paquistanesa. Os Estados Unidos já conduzem boa parte das operações antiterror no Paquistão.

O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, que estava em férias na semana passada e não participou do encontro disse em dezembro passado que os extremistas se voltaram mais para o Paquistão. "A Al Qaeda agora parece ter se virado mais para o Paquistão e para ataques contra o governo e o povo paquistanês".

Com "The New York Times"

 

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