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22/01/2008 - 13h39

Oficiais israelenses da reserva exigem renúncia de primeiro-ministro

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da Efe, em Jerusalém

Militares da reserva do Exército israelense divulgaram nesta terça-feira uma carta na qual exigem a renúncia do primeiro-ministro do país, Ehud Olmert, por supostos erros nos combates com o Hizbollah no sul do Líbano.

"Você fracassou, vá embora", escreveram os 50 oficiais e capitães da reserva do Exército de Israel que lideraram tropas durante os conflitos no sul do Líbano, ocorridos entre julho e agosto de 2006.

"Tememos as normas de conduta do sistema político sobre o seu cargo, pois quem não assume suas responsabilidades não pode enviar os outros à guerra", diz a carta, publicada em dois jornais de Tel Aviv com as fotografias de seus autores.

O texto foi divulgado oito dias antes da publicação da última parte de um relatório da Comissão Winograd, que investigou as ações do governo e das Forças Armadas durante a ofensiva lançada após a captura de dois soldados israelenses pelo Hizbollah na fronteira com o Líbano.

A Comissão já se pronunciou no ano passado, ao afirmar que o Executivo e as Forças Armadas incorreram em graves erros.

A carta dos reservistas é uma reação às recentes declarações de Olmert, que afirmou que não tem a intenção de renunciar ao cargo até a divulgação da decisão da Comissão Winograd.

"A concepção israelense de segurança se baseia de fato na responsabilidade e no exemplo pessoal", dizem os reservistas.

"Para nós, o 'sigam-me' não é um lema, mas uma evidente norma de conduta para quem comanda os soldados no combate", acrescentam os militares, referindo-se à tradicional ordem dos superiores.

Os conflitos no Líbano terminaram com um cessar-fogo negociado com o Conselho de Segurança da ONU em meados de agosto de 2006.

Por causa dos erros denunciados por muitos reservistas após o fim do conflito --como ordens contraditórias, o uso de equipamentos obsoletos--, o então comandante das Forças Armadas, general Dan Halutz, e o ministro da Defesa Amir Peretz renunciaram.

 

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