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Apesar do pedido do Egito, Abbas se nega a negociar com o Hamas
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da Folha Online
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, do Fatah, afirmou neste sábado (26) que não vai retomar as negociações com o grupo rival palestino Hamas, apesar do apelo do governo do Egito para que as partes voltem a conversar, como forma de resolver o crescente problema na fronteira egípcia com a faixa de Gaza.
O anúncio ocorre depois que o ditador egípcio, Hosni Mubarak, propôs a realização imediata de uma reunião em seu país entre as facções palestinas rivais do Hamas, que controla a faixa de Gaza, e o movimento Fatah, que governa na Cisjordânia.
Em um discurso, Abbas classificou a posição do Hamas em Gaza como um "crime" e afirmou que os militantes islâmicos do grupo rival devem rever sua posição se desejarem que as negociações sejam retomadas.
Abbas não fez menção a essa oferta do governo do Egito, mas reiterou seus planos de manter tropas na fronteira de Gaza, em vez do Hamas.
Ontem à noite, o chefe do Escritório Político do movimento palestino Hamas, Khaled Meshaal, afirmou ter aceitado o convite de Mubarak .
"O Hamas aceita este convite generoso [de Mubarak]. Estamos dispostos a começar um dialogo incondicional com Fatah", respondeu o principal responsável do movimento islamita, em entrevista divulgada pela rede de televisão Al Jazira.
Fracasso
As forças de segurança egípcias fracassaram ontem em sua primeira tentativa de fechar a fronteira entre o Egito e a faixa de Gaza, enquanto milhares de palestinos continuavam a se deslocar em ambos os sentidos.
Após um dia de infrutíferas tentativas para deter o grande número de palestinos que entrava no Egito, as forças de segurança egípcias se retiraram e foram substituídas por milicianos palestinos armados com fuzis.
Ontem foi o terceiro dia em que palestinos tiveram acesso ao território egípcio, depois de militantes do Hamas terem aberto vários atalhos na cerca fronteiriça com dinamite e escavadeiras.
Os moradores de Gaza cruzam a fronteira em busca de alimentos, combustíveis, remédios e outros artigos escassos ou caros no território por conta das restrições devido ao bloqueio à região imposto por Israel na semana passada.
A entrada em massa dos palestinos no Egito ocorreu depois que Israel decidiu bloquear as passagens para Gaza como uma medida de retaliação contra o lançamento de foguetes Qassam (de fabricação caseira) contra Sderot e Negev.
Ao menos 500 mil pessoas foram afetadas pela medida, que gerou o alarme diante do risco de uma crise humanitária em um território onde 80% da população já vive com a ajuda internacional.
A ONU (Organização das Nações Unidas) e grupos de defesa dos direitos humanos condenaram a ação de Israel, mas criticaram também os grupos palestinos que lançam foguetes contra territórios israelenses diariamente.
Israel manifestou preocupação de que a livre travessia de palestinos para o Egito poderia propiciar a entrada de armamentos em Gaza. O governo afirmou que cabe ao Egito a tarefa de normalizar a situação na fronteira.
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