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Partidos espanhóis pedem voto enquanto ETA pede abstenção nas eleições
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da Efe, em Madri
Os partidos políticos espanhóis pediram neste sábado o comparecimento às eleições legislativas gerais do próximo dia 9, enquanto o grupo separatista basco ETA pedia a abstenção e o "boicote" do pleito.
Considerado pelas pesquisas como aquele com mais possibilidades de vitória quanto maior for a participação, o premiê e candidato à reeleição José Luis Rodríguez Zapatero, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), tem como um de seus compromissos conseguir um recorde de participação nas urnas.
Zapatero disse para mais de 5.000 simpatizantes durante discurso na Província de Las Palmas, no arquipélago das Canárias, que "a abstenção é o voto mais triste".
Em referência a seu principal oponente, o conservador Partido Popular (PP), o premiê afirmou que se esperam ganhar as eleições com a abstenção é porque têm "pouquíssima confiança nos espanhóis, na democracia e ainda menos confiança neles próprios".
Imigração
A imigração é uma das principais questões de enfrentamento entre socialistas e populares.
Segundo Zapatero, nos anos de governo socialista, foi trabalhado o controle de fluxo de entrada e de integração dos imigrantes que chegam legalmente no país. O candidato disse que enfrentará quem fizer discursos "para incitar as baixas paixões e a xenofobia", referindo-se ao opositor PP.
O Partido Popular propôs um "contrato de integração", pelo qual os imigrantes deverão "cumprir as leis, aprender a língua e respeitar os costumes espanhóis"."A imigração é o problema mais importante na Espanha", segundo o PP, que reivindica um fluxo ordenado e controlado.
O candidato conservador a líder do governo, Mariano Rajoy, falou sobre economia diante das 7.000 pessoas que assistiram seu comício na cidade de Zaragoza, e afirmou que Zapatero "conseguiu fazer com que os preços subissem até nas liquidações".
Rajoy advertiu que um novo Governo socialista seria "uma roleta russa", um "perigo para os bolsos dos cidadãos" e um "risco sério para as economias familiares".
A entrada de dois nomes fortes na corrida à Presidência do Governo, os ex-presidentes Felipe González, pelo PSOE, e José María Aznar, pelo PP, aqueceu o ambiente eleitoral.
González acusou o PP de dar destaque, por interesse eleitoral, ao terrorismo do ETA que, na sua opinião, se encontra "mais debilitado do que nunca" e lembrou que todos os presidentes da democracia dialogaram com a organização.
A fracassada tentativa de Zapatero de iniciar diálogo com o ETA --que assassinou mais de 800 pessoas em sua reivindicação de independência do País Basco-- foi censurada pelo PP.
Os populares acusam Zapatero de ter "mentido" aos espanhóis durante o processo de "negociação" com o ETA e rejeitam qualquer possibilidade de diálogo e qualquer via que não seja a derrota do grupo.
Nesse sentido, Aznar disse que se pode "derrotar definitivamente" o terrorismo, mas "não se pode dialogar", porque o ETA quer a "secessão" do País Basco e o fim da democracia.
Boicote
A organização terrorista pediu hoje a abstenção e o "boicote" às eleições. Em comunicado publicado neste sábado e antecipado ontem à noite pelos sites dos jornais "Gara" e "Berria", o ETA situa os próximos pleitos como um anúncio de "um novo período de opressão contra Euskal Herria (País Basco)", aos quais se deve responder "como povo".
O ETA explodiu na noite de quinta-feira (28) uma bomba na porta da sede do PSOE, na localidade basca de Derio, que não deixou feridos.
Nenhum partido da esquerda radical basca concorre às eleições de 9 de março.
Após ser colocado na ilegalidade em 2003, o Batasuna (braço político do ETA) não pôde se apresentar ao pleito de 2004, mas outros partidos ligados ao grupo participaram.
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