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Presidente do Equador lamenta ataque e chama a Quito embaixador na Colômbia
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da Efe, em Quito
O presidente do Equador, Rafael Correa, lamentou neste sábado (1) a "agressão" contra o Equador por parte da Colômbia na operação militar na qual foi morto o porta-voz internacional das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes, e chamou a Quito seu embaixador em Bogotá.
Em entrevista coletiva na Base Aérea Mariscal Sucre de Quito, Correa disse acreditar que o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, mentiu para ele quando informou sobre a operação, e considerou que essa é a "pior agressão já sofrida pelo Equador por parte da Colômbia", cujos militares entraram em território equatoriano.
Correa lembrou na manhã deste sábado, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, lhe telefonou para comunicá-lo sobre a operação e a morte de Reyes, e que essa ação tinha acontecido após troca de fogo com as Farc, que tinham adentrado em território equatoriano ao fugir dos combates.
"Isto já é grave", mas seria "compreensível" se acontecesse por causa de uma "perseguição imediata", ou seja, pelo cruzamento de fogo de lado e lado, disse Correa.
No entanto, disse que os relatórios dos quais dispõe agora, entregues por patrulhas militares que foram ao local onde teriam acontecido os combates, adverte que o lugar fica, pelo menos, dois quilômetros dentro do território equatoriano e que se tratou de um "massacre".
"Para surpresa do Governo equatoriano (as tropas equatorianas) encontraram 15 corpos de guerrilheiros e duas guerrilheiras feridas em um acampamento improvisado" e que os mortos "estavam com roupa íntima; ou seja, que não houve nenhuma perseguição imediata", acrescentou Correa.
"Foram bombardeados e massacrados enquanto dormiam, utilizando tecnologia de ponta, que os localizou de noite, na selva, seguramente com a colaboração de potências estrangeiras", assegurou o chefe do Estado.
Deplorou, além disso, que tropas colombianas tenham entrado em território equatoriano para levar o cadáver de "Reyes" e de Guillermo Enrique Torres, conhecido como Julián Conrado, ideólogo das Farc.
"O presidente Uribe, ou estava mal informado ou descaradamente mentiu ao presidente do Equador", ao comunicar que o fato aconteceu em uma "perseguição imediata", reiterou Correa.
O Governo equatoriano "não vai permitir mais ultrajes do Governo colombiano e vamos ir até as últimas conseqüências para que se esclareça este fato escandaloso, que é uma agressão a nosso território e a nossa pátria", destacou o chefe de Estado.
Insistiu que chamou a Quito o embaixador equatoriano em Bogotá, Francisco Suéscum, e que em breve sua Chancelaria apresentará um "protesto enérgico" pelo que aconteceu.
Correa reivindicou "explicações contundentes" a Uribe, para que esclareça se foi enganado por suas próprias tropas ao informar do ataque, ou que reconheça, "perante todo o mundo, que mais uma vez mentiu ao Governo equatoriano e que entrou sem nenhum escrúpulo" no território equatoriano.
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