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Chávez diz que ação militar da Colômbia foi "crime de guerra"
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da Folha Online
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta quarta-feira (5) que a ofensiva militar da Colômbia que matou 17 guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território equatoriano foi um "crime de guerra".
Chávez, que recebeu nesta quarta o presidente do Equador, Rafael Correa, ressaltou o apoio ao governo de Quito e disse que o país "contará com nosso incondicional apoio, em qualquer circunstância".
Nesta quarta, a OEA (Organização dos Estados Americanos) classificou a ação militar colombiana no último sábado (1º) em território equatoriano como "uma violação da soberania" do Equador. A resolução, no entanto, não condenou a Colômbia.
Correa, por sua vez, pediu à comunidade internacional uma "condenação contundente" à agressão da Colômbia contra a soberania de seu país.
Segundo o presidente do Equador, a resolução da OEA foi um "primeiro passo importante à frente", mas não foi suficiente.
O Exército colombiano bombardeou no sábado um acampamento das Farc, matando o número dois da guerrilha, Raul Reyes. O ataque gerou um crise entre os dois países e acabou envolvendo a Venezuela --a qual fechou sua embaixada em Bogotá e expulsou o embaixador colombiano em Caracas.
No domingo, Quito e Caracas mandaram tropas às suas respectivas fronteiras com a Colômbia e fizeram fortes ataques contra o presidente Álvaro Uribe. A resposta colombiana veio na forma de acusações de ligação dos dois países com a guerrilha.
As críticas fizeram com que Correa rompesse relações diplomáticas com a Colômbia.
Visita
Durante o encontro com Correa, Chávez afirmou que poderia nacionalizar algumas empresas colombianas que operam em seu país.
"Poderíamos nacionalizar algumas, não estamos interessados em ter empresas colombianas na Venezuela", disse.
O governante venezuelano assinalou que seu Governo "terá de vender" as empresas que tem na Colômbia, e advertiu ainda que cairá de forma significativa o comércio bilateral, que beirou os US$ 6 bilhões em 2007.
"O comércio entre Venezuela e Colômbia está em queda", disse Chávez, que explicou que seu governo busca há algum tempo novos parceiros comerciais.
Pacificação
Os chanceleres da OEA devem realizar uma nova reunião para debater a crise entre Equador e Colômbia no dia 17 de março, em Washington.
Correa disse que estão se "esgotando todos os meios diplomáticos, todos os meios pacíficos e mecanismos internacionais para a solução deste conflito, porque não permitiremos que o agressor de nossa soberania fique impune".
Nesta quarta-feira, Colômbia e Equador acataram um consenso, alcançado após "14 horas de negociações", segundo o embaixador do Panamá na OEA, Arístides Royo. A decisão foi aprovada pelos 34 países membros sob aplausos.
Logo após a decisão da OEA, Álvaro Uribe se comprometeu "a não repetir" uma operação militar como a do último sábado.
Em reunião esta noite no Palácio de Nariño, sede da Presidência, com diretores de meios de comunicação colombianos e agências e correspondentes estrangeiros, Uribe voltou a assumir "toda a responsabilidade" pela operação militar.
"Aceitamos a resolução da OEA e assumo a responsabilidade", afirmou Uribe, que, em seguida, pediu "franqueza" nas relações entre os países e defendeu uma "solução diplomática" para a crise.
Com Efe, Associated Press e France Presse
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Minha nossa além de sustentar toda essa turma, ainda me arrumam estrangeiros sobre minhas costas, o povo não aguenta tanta desfasatez
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Tó fora...
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