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02/04/2007 - 00h00

Promotores do Iraque pedem pena de morte para primo de Saddam

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da Folha Online
da Reuters

Promotores iraquianos pediram nesta segunda-feira à Justiça que determine a pena de morte para Ali, o Químico, primo e aliado do ditador Saddam Hussein que ficou mundialmente conhecido após ser acusado pelo uso de armas químicas contra oponentes do antigo regime do Iraque.

Ali Hassan al Majeed, nome real de Ali, o Químico, está sendo julgado com cinco outros ex-oficiais do partido Baath, de Saddam Hussein, por seu envolvimento na campanha de Al Anfal, em 1988, na qual cerca de 180 mil curdos foram mortos.

Na campanha, que durou cerca de sete meses, gás mostarda e agentes que afetam o sistema nervoso foram usados contra os curdos no norte do Iraque. Os curdos compõe cerca de 20% da população do país.

Saddam

O próprio Saddam Hussein foi enforcado antes de seu julgamento pela campanha contra os curdos. Saddam foi condenado à morte em novembro de 2006 pela morte de 148 xiitas em Dujail, após uma tentativa, em 1982, de assassinato. Ele foi executado dia 30 de dezembro.

Alguns curdos argumentam que a morte de Saddam lhes roubou a oportunidade histórica de julgar o ditador por genocídio no caso Al Anfal. Agora, os promotores exigem a pena de morte para todos os réus do caso, exceto para Taher al Ani, contra o qual há provas insuficientes.

Ani foi governador da Província de Mossul. Todos os seis réus que enfrentam o julgamento foram acusados de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Ali, o Químico, considerado o mentor da campanha de Al Anfal, também recebeu a acusação de genocídio.

Crimes

Ali, o Químico nasceu em 1941. Ele inicialmente estabeleceu sua reputação em 1968, como guarda-costas de um comandante do Exército em Bagdá durante o golpe que levou o partido Baath ao poder.

Durante a campanha de Al Anfal, milhares de vilas foram declaradas "áreas proibidas" e seus moradores receberam ordens para deixar a região. Ali admitiu durante o julgamento que ordenou tropas a executarem todos os curdos que ignoraram as ordens, mas disse que não deve desculpas.

Os réus afirmam que Anfal possuía alvos militares legítimos, já que guerrilhas curdas lutaram ao lado do Irã e contra o Iraque durante o estágio final da guerra entre os dois países (1980-1988).

 

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