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14/04/2007 - 00h00

Dois dias após ataque a Parlamento, explosões matam 50 no Iraque

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da Folha Online

Um ataque suicida matou 40 pessoas e feriu outras 128 em uma estação de ônibus lotada próxima de uma mesquita xiita em Kerbala (a 110 km de Bagdá), neste sábado. Na capital, um atentado que atingiu a ponte Jadriyah (sul) deixou dez mortos.

As novas explosões ocorrem dois dias após uma ação suicida contra o Parlamento iraquiano, que matou o legislador sunita Mohammed Awad. O atentado foi reivindicado pelo grupo insurgente Estado Islâmico no Iraque, ligado à rede terrorista Al Qaeda.

O ataque ao prédio do governo ocorreu na Zona Verde, área de segurança máxima que abriga representações diplomáticas, como a Embaixada dos Estados Unidos. A ação foi uma das mais ousadas contra a área ultraprotegida --e controlada pelos americanos-- em Bagdá desde que os EUA invadiram o Iraque, em março de 2003.

table]175;(fo1e).
|(fo1c). Alaa Al-Shemaree/Efe|
|!!<BR>"></td></tr><tr><td class="fo1l">Local de explosão de carro-bomba em Kerbala; ao menos 40 morreram</td></tr></table><!--/FOTO-->Também na quinta-feira (12), um ataque contra outra ponte, a Sarafiya, que liga as regiões leste e oeste de Bagdá, matou dez pessoas e feriu outras 26. Ao menos cinco veículos foram lançados dentro do rio Tigre com a força da explosão, segundo a polícia.<BR><BR>Neste sábado, imagens de TV mostraram vítimas sendo socorridas após o ataque com carro-bomba em Kerbala. "Eu ouvi uma tremenda explosão. Nunca pensei que Kerbala pudesse ser cenário de algo desta proporção", afirmou Ali Mussawi, 30, dono de uma loja que testemunhou a ação.<BR><BR>Pouco após o ataque, policiais iraquianos atiraram para o alto para dispersar uma multidão que culpava autoridades locais pela ação, dizendo que houve falha na garantia da segurança.<BR><BR>Helicópteros americanos sobrevoaram a cidade, uma das mais sagradas do Iraque.<BR><BR>O atentado ocorreu perto de um mercado lotado que fica a 200 metros da mesquita do Imã Hussein --considerado sucessor de Maomé--, um dos mais importantes locais sagrados xiitas.<BR><BR><b>Ataques a pontes</b><BR><BR>Após o ataque deste sábado em Bagdá, imagens de TV mostraram a estrutura abalada da ponte Jadriyah, e os restos do carro-bomba utilizado na ação. <BR><BR>Várias ambulâncias foram enviadas ao local. Além dos dez mortos, outras 15 pessoas ficaram feridas no atentado. <BR><BR>Na quinta-feira, um caminhão-bomba atingiu a ponte Sarafiya, que liga as regiões leste e oeste de Bagdá, matando dez pessoas e ferindo outras 16. O atentado destruiu grande parte da estrutura de ferro e interditou dois grandes trechos da ponte. Ao menos cinco veículos foram lançados dentro do rio Tigre com a força da explosão, segundo a polícia.<BR><BR>Entre os mortos estavam quatro policiais que se afogaram depois que o veículo onde estavam caiu no rio e foi levado pela correnteza, de acordo com informações da polícia.<BR><BR>Dezenas de pontes cruzam o rio Tigre em Bagdá, ligando o leste ao oeste da cidade. A maioria dos sunitas vive no oeste da cidade, e grande parte dos xiitas vive no leste.<BR><BR>"Há uma conspiração para isolar as duas metades de Bagdá", afirmou o porta-voz do Parlamento, o sunita Mahmoud Mashhadani, após o ataque à ponte nesta quinta-feira<BR><BR><b>Segurança no Parlamento</b><BR><BR>O Parlamento convocou uma sessão especial para esta sexta-feira em repúdio ao ataque. A sessão teve início ao meio-dia (5h de Brasília), com a presença de poucos dos 275 membros. <BR><BR><!--ARTE--><img src="http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/images/20040722-mapa_iraque.gif" hspace="10" align="left" alt=""><!--/ARTE-->Autoridades iraquianas afirmaram que irão revisar os procedimentos de segurança no prédio do Parlamento. Há suspeitas de que o suicida tenha recebido ajuda de funcionários.<BR><BR>Os explosivos teriam que passar por postos de controle de forças dos EUA e do Iraque.<BR><BR>A revisão na segurança irá analisar a permissão para a passagem livre dada a alguns parlamentares e seus seguranças para entrar no prédio sem serem revistados.<BR><BR>A entrada na sala de reuniões é restrita a legisladores e suas equipes, seguranças e jornalistas. O acesso à cafeteria também é restrita a parlamentares, policiais e funcionários.<BR><BR><b>Ameaça de ataques</b><BR><BR>A ação no Parlamento é a mais recente indicação de que insurgentes conseguem se infiltrar na fortificada Zona Verde para realizar atentados. Recentemente, o Exército dos EUA informou que dois cinturões com explosivos foram encontrados dentro da área protegida. <BR><BR>No mês passado, um morteiro atingiu a área, matando quatro pessoas. Dias antes, outro morteiro acertou o prédio onde o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, realizava uma coletiva de imprensa. Não houve relato de feridos no incidente.<BR><BR>O mais grave atentado ocorrido dentro da Zona Verde ocorreu em 14 de outubro de 2004, quando insurgentes detonaram explosivos em um mercado e em um café, matando seis pessoas. Foi a primeira vez que houve registro de um ataque dentro da área. <BR><BR>Em 25 de novembro de 2004, um morteiro matou quatro funcionários de uma empresa britânica e feriu outras 12 pessoas dentro da Zona Verde. <BR><BR>Em 29 de janeiro de 2005, insurgentes atacaram a Embaixada dos EUA em Bagdá com um foguete, matando dois cidadãos americanos --um civil e um membro da Marinha.<BR><BR><span class="tagline">Com agências internacionais</span><BR><BR><BR>

 

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