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27/03/2008 - 22h45

Governo iraquiano impõe toque de recolher em Bagdá até domingo

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da Folha Online

As autoridades iraquianas anunciaram nesta quinta-feira a imposição do toque de recolher em Bagdá a partir das 23 horas de hoje até às 5 da manhã de domingo (horário local) devido à piora da situação no país.

A decisão, que proíbe a circulação de veículos e pedestres, foi tomada pela direção do plano de segurança "Aplicamos a Lei", imposto em Bagdá desde fevereiro do ano passado, conforme anunciou o plantão da televisão estatal Al Iraqiya.

A violência atingiu vários pontos do país desde que, na segunda-feira, teve início em Basra uma batalha entre a milícia do clérigo xiita Moqtada al Sadr, Exército Mehdi, e o Exército iraquiano.

Desde então, nesta cidade situada a 550 quilômetros ao sul de Bagdá morreram 55 pessoas, entre civis e milicianos, e outras 250 ficaram feridas, enquanto só se informou da morte de três soldados e que outros 25 ficaram feridos.

Os enfrentamentos se estenderam a outras cidades do sul do país e várias zonas da capital iraquiana, o que tornou necessária a imposição do toque de recolher.

Bagdá

No bairro bagdali da Cidade de Sadr, reduto xiita onde os partidários de Moqtada al Sadr se enfrentam com as forças iraquianas desde terça-feira, ao menos 20 morreram.

Neste bairro, quatro pessoas ficaram feridas nesta quinta quando um homem armado atacou um posto de controle na praça Muzaffar.

No oeste de Bagdá, no bairro de Tlibia, também se registraram choques e oito soldados do Exército iraquiano ficaram feridos na tarde desta quinta.

Em outro ataque no bairro de Shab, no nordeste de Bagdá, um homem armado incendiou um escritório do partido Dawa (A chamada islâmica) do primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki, segundo informaram fontes policiais.

Além disso, foram registraram onze ataques com bombas em Bagdá, segundo dados oferecidos pelo Exército dos EUA.

Em um dos ataques, uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas em uma prisão situada próxima ao Ministério do Interior iraquiano, no centro de Bagdá.

Ainda não se sabe se as vítimas são funcionários de prisão ou reclusos, segundo informaram fontes do Ministério do Interior do Iraque.

Zona verde

O Departamento de Estado americano pediu nesta quinta a todos os funcionários dos Estados Unidos que trabalham na zona verde, em Bagdá, que permaneçam dentro de prédios protegidos, depois que dois americanos morreram em uma série de ataques com morteiro esta semana.

Um funcionário do governo dos EUA foi morto no último ataque contra a região, nesta quinta-feira, e outro americano, membro do Exército, morreu na segunda, após ter sido gravemente ferido no domingo, segundo o Departamento de Estado.

O porta-voz do departamento de Estado, Sean McCormack, acusou "elementos criminosos extremistas" pelos disparos de morteiro contra a zona verde, onde estão a sede do governo e a embaixada americana.

Após a onda de ataques, o departamento de Estado começou a dar instruções a todos os funcionários ligados à Embaixada americana, incluindo diplomatas e militares, sobre maiores medidas de segurança.

"Foi recomendado ao pessoal da missão na zona internacional que permaneça dentro de sólidas estruturas, exceto durante movimentos essenciais da missão", informou um oficial do departamento de Estado, que pediu anonimato.

Aqueles que se arriscarem a ficar do lado de fora devem usar colete à prova de balas, proteção para os olhos e capacete, segundo o oficial.

Com Efe e France Presse

 

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