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29/03/2008 - 18h04

Uribe renova apelo à guerrilha para que se entregue e oferece recompensa

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da France Presse, em San Jose del Guaviare

O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, pediu neste sábado, durante discurso, que o Exército localize os reféns em poder das Farc (Forças Armas Revolucionárias da Colômbia) para dar início a uma ação 'humanitária' em seu favor.

O governante também renovou seu apelo aos guerrilheiros para que desertem das Farc, entregando os reféns e obtendo milionárias recompensas econômicas.

"Faço um apelo para que a guerrilha reflita, devolva os reféns e os libertem. Para isso temos um fundo de 100 milhões de dólares para pagar as recompensas", afirmou. "Exorto, a partir de San José del Guaviare, à força pública a que avancemos nessa tarefa. As distâncias são enormes, a geografia extensa, a selva espessa, mas será preciso fazer esse enorme esforço", acrescentou.

O líder, que presidiu sua reunião semanal de segurança regional na capital do departamento do Guavieri, 500 quilômetros ao sul de Bogotá, reivindicou a ajuda dos habitantes locais com relatórios sobre a situação dos seqüestrados e pediu às Forças Militares que continuem buscando os acampamentos da guerrilha onde os cativos se encontram.

"Quero exortar a força pública a continuar com a luta para derrotar o terrorismo e localizar os seqüestrados", disse, acrescentando que, quando os reféns forem localizados, irá convocar os organismos humanitários nacionais e internacionais para que cheguem a um acordo de libertação com as Farc.

Guerrilheiros reféns

Uribe ressaltou que os guerrilheiros "são tão reféns quanto os próprios seqüestrados". "O guerrilheiro que capturou e está vigiando uma pessoa está preso da mesma maneira e ambos sofrem igualmente."

Ele também indicou a possibilidade de que os guerrilheiros saiam do país. "Conversamos sobre este assunto com o governo da França, que nos disse estar disposto a abrigá-los. Mas precisamos que as coisas caminhem, que os guerrilheiros tomem a decisão de abandonar a luta armada e de libertar os reféns", insistiu.

Essas declarações foram feitas durante visita à capital do departamento de Guaviare, na selva, onde se supõe que as Farc mantenham em cativeiro a franco-colombiana Ingrid Betancourt, que estaria mal de saúde.

Uribe ainda lembrou que na última quinta-feira expediu decreto que facilita a negociação de pelo menos 39 seqüestrados por 500 rebeldes presos, uma proposta feita anteriormente pelas Farc.

Ingrid Betancourt

Entre o grupo de reféns "negociáveis", além da franco-colombiana Ingrid Betancourt, que estaria mal de saúde, estão três políticos e dezenas de militares e policiais colombianos, vários deles com 10 anos de cativeiro.

De acordo com informações do defensor público Vólmar Pérez na quinta-feira, o estado de saúde da política franco-colombiana piorou tanto que a guerrilha teve de levá-la a um posto médico para ser atendida.

"A informação de que dispomos, pelo menos até o mês de fevereiro, é que seu estado de saúde era muito delicado e que suas condições físicas estão se deteriorando", declarou Pérez à emissora de rádio Caracol.

Em função disso, a ex-candidata presidencial teria recebido atendimento médico em postos de saúde nos municípios de San José e El Retorno. Ingrid, que está em poder da guerrilha desde 23 de fevereiro de 2002, parece sofrer de leishmaniose e hepatite B, segundo dados obtidos pelo defensor público.

Com informações da Efe

 

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