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05/04/2008 - 14h58

Presidente equatoriano volta a negar ligação com as Farc

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da Efe, em Madri

O presidente do Equador, Rafael Correa, negou todas as acusações que vinculam seu governo às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e que a guerrilha financiou sua campanha eleitoral em 2006.

As declarações do chefe de Estado foram feitas durante uma entrevista publicada hoje pelo jornal espanhol "El País". Equador e Colômbia romperam relações depois que o Exército colombiano bombardeou um acampamento das Farc em território equatoriano em 1º de março.

O ataque matou Raúl Reyes, número dois da guerrilha, e outras 25 pessoas, entre elas um equatoriano. Correa afirma na entrevista que, se o governo colombiano insistir no que ele chamou de "uma campanha de desprestígio", dificilmente os contatos serão restabelecidos.

"Não tenho interesse em manter uma disputa com Bogotá, mas enquanto vierem essas mostras negativas da Colômbia vai ser difícil estabelecer relações", declarou.

O presidente equatoriano lembrou que, após o ataque, o Equador foi à OEA (Organização dos Estados Americanos) buscar "a rejeição e que seja inadmissível na região que um país viole a soberania de outro usando sua segurança nacional como pretexto e que persiga terroristas fora de suas fronteiras".

Perguntado sobre os contatos de seu ministro do Interior, Gustavo Larrea, com o assassinado Raúl Reyes, o governante destacou que seu subordinado não tem que "avisar [Álvaro] Uribe dos contatos com a guerrilha", e que, de qualquer maneira, ele foi seu "representante" no caso Emmanuel, o filho nascido em cativeiro de Clara Rojas.

"Insisti ao presidente Uribe que o Equador interporia seus bons ofícios para tentar a libertação dos reféns e surgiu a oportunidade dessa intervenção", explicou. Ainda segundo Correa, "muitos senadores americanos se reuniram com as Farc por razões humanitárias e também parlamentares europeus e enviados do [presidente francês Nicolas] Sarkozy".

Questionado sobre as informações encontradas no computador de Reyes, que indicam que chefe de Estado equatoriano e alguns de seus colaboradores tiveram contatos e receberam dinheiro das Farc, Correa disse "que essa mentira vai cair por conta de seu próprio peso".

 

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