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19/07/2008 - 05h50

Tailândia e Camboja reforçam presença militar na fronteira

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da Efe, em Bancoc

Tailândia e Camboja continuam hoje reforçando sua presença militar na região fronteiriça entre ambas as nações, que disputam a soberania de um milenar templo recém-declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

O Exército da Tailândia enviou ontem ao local cem soldados, que se unirão aos 400 já desdobrados na encosta de uma montanha próxima às ruínas do recinto religioso de Preah Vihear, segundo fontes militares.

O Camboja tem em sua fronteira mais de mil tropas, que foram reforçadas com centenas de forças antidistúrbios.

O primeiro-ministro da Tailândia, Samak Sundaravej, afirmou ontem que o reforço do contingente cambojano de forças de segurança deteriorou a situação, e pediu para que o assunto "fosse resolvido por meio do diálogo".

Por sua parte, o chefe de governo do Camboja, Hun Sen, exigiu há dois dias a retirada imediata dos soldados tailandeses, e denunciou que tinham entrado ilegalmente em solo cambojano.

Altos funcionários de ambos os países devem se reunir na próxima segunda-feira para tentar solucionar a disputa, que suscitou temores de que pudesse se repetir a violência ocorrida em 2003.

Naquela ocasião, milhares de cambojanos atacaram e incendiaram a Embaixada da Tailândia e sedes de empresas tailandesas depois que o governo cambojano se sentiu ofendido por comentários, na imprensa tailandesa, sobre o templo de Angkor Watt, símbolo do Camboja e que figura na insígnia nacional.

Tailândia e Camboja lutam há décadas pela soberania do templo do reino khmer, que data do século XI e há duas semanas foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, apesar dos protestos de Bancoc.

Em 1962, a Corte Internacional de Justiça de Haia determinou que o terreno sobre o qual fica localizado o recinto religioso do antigo reino khmer pertence ao Camboja, mas a Tailândia se recusa a aceitar o veredicto.

 

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