Cruz Vermelha chega à Ossétia do Sul; refugiados somam 158 mil

O CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) informou nesta quarta-feira que enviou a primeira ajuda humanitária à Ossétia do Sul. De acordo com a instituição, o apoio deverá ir para Tskhinvali, considerada capital do território separatista localizado entre a Geórgia e a Rússia. Há diversos registros de pedidos de ajuda na área.

Segundo cálculos do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados da ONU) realizados com base em informações fornecidas por ambos governos, no total, os confrontos deixaram 158 mil refugiados, sendo 30 mil refugiados na separatista Ossétia do Sul; 98 mil na Geórgia; e 30 mil em território russo.

O presidente do CICV, Jakob Kellenberger, esteve na Geórgia e na Rússia para negociar o acesso à Ossétia do Sul. Segundo Kellenberger, o ministro da Defesa russo, Sergei Ivanov, defendeu a iniciativa. Ontem, Melita Sungic, assessora do chefe do Acnur, Antonio Guterres, disse que a Geórgia tem um histórico de cooperação com organizações de ajuda humanitária e também não deve oferecer obstáculos.

Conforme Kellenberger, "além de atender às necessidades dos refugiados, nossa prioridade [da Cruz Vermelha] é obter informações sobre as pessoas que permanecem desaparecidas." Depois, o CICV pretende "visitar todos os que foram capturados ou detidos durante o conflito para verificar o tratamento recebido e as condições em que são mantidos".