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25/08/2008 - 20h35

Termina apuração do referendo na Bolívia; Morales é ratificado com 67,4%

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da France Presse, em La Paz

O presidente da Bolívia, Evo Morales, conseguiu o apoio de 67,4% dos eleitores no referendo revogatório realizado dia 10 de agosto, informou nesta segunda-feira a Corte Nacional Eleitoral (CNE), após concluir a contagem oficial dos votos.

Morales obteve 2.103.872 votos a favor e 1.017.037 (33%) contra, na inédita consulta popular em que submeteu, junto com o vice-presidente Álvaro García e os governadores provinciais, seu cargo à retificação popular.

Em seis dos nove departamentos do país, Morales garantiu sua permanência no cargo até o fim do mandato.

O chefe de Estado boliviano conseguiu a maioria dos votos nos departamentos (Estados) andinos de La Paz, Oruro e Potosí, nos vales de Cochabamba e Chuquisaca, e na Província amazônica de Pando.

A gestão de Morales foi rejeitada em Beni, Santa Cruz e Tarija.

Governadores

A contagem final da CNE confirmou também a ratificação do governador de Santa Cruz, Rubén Costas (66,4%), líder da oposição política a Morales, e dos rebeldes Leopoldo Fernández, de Pando (56,2%), Ernesto Suárez, de Beni (64,2%), Mario Cossio, de Tarija (58%), e do governista Mario Virreira, de Potosí (79%).

Por outro lado, foram revogados os mandatos dos governadores de La Paz (o social-democrata José Luis Paredes) e de Cochabamba (o conservador Manfred Reyes Villa).

O governador governista de Oruro, Alberto Aguilar, deve esperar por uma decisão oficial para saber se teve seu mandato ratificado ou revogado, pois apesar de ter obtido 50,85% dos votos, sua manutenção no cargo depende da fórmula utilizada pela autoridade eleitoral para interpretar o resultado.

A lei convocatória do referendo estabelece porcentagens entre 38% e 48% para revogar os mandatos, mas por uma interpretação posterior da CNE a remoção ocorre se os votos pelo "não" superarem 50% do total dos votos válidos.

A governadora de Chuquisaca, a opositora indígena quéchua Savina Cuéllar, não se submeteu à consulta, porque foi eleita em junho - as eleições em sua região foram adiantadas depois da renúncia de seu antecessor.

 

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