Publicidade
Publicidade
Rússia comunica à ONU reconhecimento da independência de Províncias da Geórgia
Publicidade
da Efe, em Nova York
O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, informou nesta terça-feira ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, sobre a decisão de Moscou de reconhecer a independência das regiões separatistas georgianas da Abkházia e da Ossétia do Sul.
"Acabo de me reunir com o secretário-geral e lhe entreguei uma carta com a decisão tomada pelo presidente (Dmitri) Medvedev", disse Churkin, em entrevista coletiva à imprensa após seu encontro com Ban.
O diplomata afirmou que Moscou decidiu reconhecer a independência das duas regiões para assegurar a "sobrevivência" de suas populações "diante da agressão chauvinista" do governo da Geórgia.
Desafiando a pressão realizada pelo Ocidente, Medvedev anunciou nesta terça-feira que Moscou decidiu reconhecer a independência da Ossétia do Sul e da Abkházia.
Em discurso transmitido pela televisão, o chefe do Kremlin informou que assinou os decretos sobre o reconhecimento da independência das duas regiões georgianas e pediu que outros Estados façam o mesmo. Um dia antes, o Parlamento russo havia aprovado o reconhecimento da independência das regiões separatistas.
A decisão desta terça-feira faz a Rússia ir contra os apelos do Ocidente, que alertou fortemente Moscou a não reconhecer as duas regiões separatistas e a apoiar a integridade territorial da Geórgia.
Saakashvili
Churkin leu uma nota do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, na qual o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, é acusado como o responsável por "destruir" a integridade territorial da Geórgia.
"Saakashvili não deixou nenhuma outra possibilidade às duas regiões, além de assegurar sua sobrevivência por meio do exercício da autodeterminação como Estados independentes", declarou.
O uso da força por Tbilisi contra a Ossétia do Sul no dia 7 de agosto "criou uma nova realidade" na qual resoluções anteriores assinadas pela Rússia na ONU sobre a integridade territorial da Geórgia "foram feitas em pedaços", declarou.
Ele reconheceu que esta decisão do Kremlin "tornará mais difíceis" as relações com os EUA e a União Européia (UE), mas rejeitou que as tensões dentro do Conselho de Segurança representem um retorno à Guerra Fria.
"Isto não é a Guerra Fria, que tinha uma natureza completamente diferente e na qual os dois lados se mantinham agarrados pelo pescoço", afirmou o diplomata.
Kosovo
Além disso, Churkin recordou que Moscou havia advertido anteriormente que a declaração unilateral de independência do Kosovo, em fevereiro deste ano, constituía um precedente que "reforçaria" o desejo de outras regiões com aspirações similares.
"Foi criada uma dinâmica que, já tinhamos avisado, que daria impulso a outras situações, embora acredite pessoalmente que o caso da Ossétia do Sul e da Abkházia seja muito mais sólido", disse.
Churkin afirmou que não recebeu instruções de seu governo para empreender medida alguma diante do Conselho de Segurança da ONU em relação à situação no Cáucaso.
Nas últimas semanas, o principal órgão das Nações Unidas foi incapaz de chegar a um acordo para adotar uma resolução que ajude a acabar com o conflito, que já se prolonga por quase um mês, e estabeleça um diálogo internacional que permita solucioná-lo de forma pacífica.
ONU
A porta-voz da ONU, Michèle Montas, disse hoje que o secretário-geral reafirma suas declarações anteriores sobre o conflito na Geórgia, nas quais defende a negociação e o respeito à soberania do país.
"O secretário-geral da ONU lamenta que as tentativas para encontrar uma solução no Conselho de Segurança tenham ficado complicadas", afirmou.
Montás afirmou que o reconhecimento das duas novas repúblicas é uma decisão que deve ser tomada por cada país membro da ONU por conta própria.
Leia mais
- Otan rejeita reconhecimento da Rússia sobre soberania de regiões separatistas
- Rússia reconhece independência da Ossétia do Sul e da Abkházia
- Bush pede para Rússia não reconhecer a independência da Ossétia do Sul
- Parlamento russo apóia autonomia da Ossétia e Abkházia
- Rússia vota independência da Ossétia e Abkházia
Livraria da Folha
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
avalie fechar
quando diz "Sr. J.R. , quem mais ajudou para a derrocada alemã foram os russos e não os aliados. Leia mais, por favor... ". Desculpe Sr. Guazzelli, procuro me aprofundar no que leio, portanto não leio pasquins ...
avalie fechar