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17/09/2008 - 18h17

Governadora da Bolívia se recusa a participar de diálogo com Morales

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da Folha Online

A prefeita (governadora) de Chuquisaca, Savina Cuellar, afirmou que não irá participar da negociação por um acordo de paz e de conciliação nacional, entre governo e oposição na Bolívia, enquanto o tema da capitalidade plena não for incluso na discussão. A informação é da rádio boliviana Erbol em sua versão digital.

Sucre, em Chuquisaca, é considerada capital histórica da Bolívia, abriga o Judiciário e disputa com La Paz a capitalidade plena.

Arte/Folha Online

O presidente boliviano, Evo Morales, pediu aos cinco governadores da oposição para começar ainda nesta quarta a negociação, prevista para começar amanhã (18). Em discurso proferido no Palácio do Governo, em La Paz, Morales convocou os governadores a estarem entre as 16h e 17h (17h e 18h no horário de Brasília) desta quarta na cidade de Cochabamba.

O presidente propôs que a comissão de negociação trabalhe a portas fechadas a fim de chegar a um resultado muito antes do prazo previsto, que é de um mês.

Apesar dos planos de Morales, o governador de Tarija, Mario Cossío, afirmou que devido à suspensão de vôos dos departamentos (Estados) opositores de Tarija, Santa Cruz e Beni, as autoridades teriam problemas para chegar a Cochabamba e participar das negociações convocadas pelo presidente.

"Eu não queria dar um sinal de que não queremos ir, veremos como chegar a Cochabamba (...) não é fácil, mas queremos que cheguem todos", disse Cossío citado pela versão digital do diário boliviano "La Razón".

Pressa

Morales tem pressa porque o acordo, quando selado, deverá pôr fim ao embate que existe, desde a eleição, entre o governo dele e seus departamentos de oposição: Santa Cruz, Beni, Chuquisaca, Tarija e Pando. No caso do último, ainda não está clara qual será a participação na negociação do governador Leopoldo Fernández, preso ontem (16).

Fernández é acusado pelo governo federal de ter incentivado o episódio mais violento da atual crise, a chacina de ao menos 15 pessoas --na maioria camponeses pró-Morales-- ocorrida na última quinta-feira (11) na localidade de El Porvenir, em Pando.

O pré-acordo prevê, entre outros pontos, a devolução para os departamentos de oposição do imposto sobre o gás que, desde janeiro passado, o governo federal destina ao pagamento de um benefício para idosos; as autonomias administrativas de Santa Cruz, Pando, Beni e Tarija; a desocupação de prédios públicos ocupados por manifestantes nesses departamentos; e a investigação da autoria da chacina de Pando.

Nas negociações para o pré-acordo, os governadores de oposição foram representados por Cossío. No discurso desta quarta, Morales criticou a distribuição à mídia de uma cópia do documento sem a assinatura de Cossío. Por parte do governo, esse pré-acordo foi assinado por dois vice-ministros, disse o presidente.

Com a convocatória antecipada, também não está clara qual será a participação da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), Igreja Católica, União Européia e ONU. No pré-acordo ficou estabelecido que essas instituições acompanhariam os diálogos de governo e oposição.

Enquanto durarem os diálogos pelo acordo final, o governo deixará de lado a realização do referendo para a nova Constituição que está marcado para janeiro próximo. Os opositores afirmam que a nova Carta Magna é excessivamente estadista e indigenista.

Com agências internacionais

 

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