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24/09/2002
-
09h37
O Iraque classificou de "sem fundamento" o dossiê britânico sobre supostas armas de destruição em massa iraquianas publicado hoje e pediu ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que se oponha a uma nova resolução sobre o desarmamento, conforme desejado por Washington.
"O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, está contra o Iraque e, a partir disto, todas suas afirmações são sem fundamento e serão contestadas por seu próprio Partido Trabalhista no Parlamento", declarou o ministro iraquiano da Cultura, Hamed Yussef Hammadi, a jornalistas em Bagdá.
Hammadi reagiu dessa maneira a um dossiê publicado pelo governo britânico, segundo o qual o Iraque prosseguiria em seus esforços para dotar-se de armas atômicas e suas armas químicas e biológicas constituiriam uma ameaça imediata.
Segundo o ministro iraquiano, as "alegações" do chefe do governo britânico fazem parte de uma campanha de mentiras orquestrada pelo "sionismo mundial" -o movimento sionista defende o estabelecimento de um Estado judeu na antiga Palestina.
O regime iraquiano estaria em condições de fabricar armas atômica em um ou dois anos, afirma o informe britânico de 55 páginas, acrescentando que Bagdá tentou obter "quantidades importantes" de urânio na África, sem que nenhum programa nuclear civil o justificasse.
Segundo o informe, o regime do presidente iraquiano, Saddam Hussein, tem "projetos militares" para utilizar seu arsenal de armas químicas e biológicas, e pelo menos uma parte deste tipo de armas pode ser mobilizada em 45 minutos.
Bagdá teria conservado pelo menos 20 mísseis Al Hussein, fabricados a partir de mísseis soviéticos Scud, de um alcance de 650 km.
"Estou totalmente convencido de que Saddam fará o máximo e, na verdade já é o caso, para esconder essas armas e evitar renunciar a elas", disse o chefe do governo britânico.
Paralelo a isso, Bagdá continuou em seus esforços para convencer o Conselho de Segurança da ONU para que não adote uma nova resolução sobre o desarmamento. Bagdá suspeita que Washington quer servir-se deste para justificar um ataque contra o Iraque.
"O Conselho de Segurança está confrontado com uma prova importante; ou restabelece seu crédito rejeitando a política americana vil e hostil ou se transforma no Conselho de Guerra afiliado à administração americana", escreve o jornal oficial "Al Iraq".
Antecipando uma resolução do Conselho de Segurança, Bagdá, que aceitou em 16 de setembro o retorno incondicional dos inspetores de armas depois de quatro anos rejeitando sua presença, já fez saber que não vai admitir um novo contexto que imponha novas condições.
"A comunidade internacional e o Conselho de Segurança devem opor-se firmemente aos projetos americanos para preservar a paz e a segurança mundiais", acrescenta o jornal.
O presidente americano, George W. Bush, afirmou ontem que desejava que a ONU adote "uma resolução forte" sobre o Iraque "pedindo contas" a Saddam Hussein.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, estimou, por seu lado, que Bagdá deve aceitar uma eventual nova resolução do Conselho de Segurança da ONU.
Veja galeria de fotos do dossiê britânico
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Iraque diz que dossiê britânico não tem fundamento e apela à ONU
da France Presse, em BagdáO Iraque classificou de "sem fundamento" o dossiê britânico sobre supostas armas de destruição em massa iraquianas publicado hoje e pediu ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que se oponha a uma nova resolução sobre o desarmamento, conforme desejado por Washington.
"O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, está contra o Iraque e, a partir disto, todas suas afirmações são sem fundamento e serão contestadas por seu próprio Partido Trabalhista no Parlamento", declarou o ministro iraquiano da Cultura, Hamed Yussef Hammadi, a jornalistas em Bagdá.
Hammadi reagiu dessa maneira a um dossiê publicado pelo governo britânico, segundo o qual o Iraque prosseguiria em seus esforços para dotar-se de armas atômicas e suas armas químicas e biológicas constituiriam uma ameaça imediata.
Segundo o ministro iraquiano, as "alegações" do chefe do governo britânico fazem parte de uma campanha de mentiras orquestrada pelo "sionismo mundial" -o movimento sionista defende o estabelecimento de um Estado judeu na antiga Palestina.
O regime iraquiano estaria em condições de fabricar armas atômica em um ou dois anos, afirma o informe britânico de 55 páginas, acrescentando que Bagdá tentou obter "quantidades importantes" de urânio na África, sem que nenhum programa nuclear civil o justificasse.
Segundo o informe, o regime do presidente iraquiano, Saddam Hussein, tem "projetos militares" para utilizar seu arsenal de armas químicas e biológicas, e pelo menos uma parte deste tipo de armas pode ser mobilizada em 45 minutos.
Bagdá teria conservado pelo menos 20 mísseis Al Hussein, fabricados a partir de mísseis soviéticos Scud, de um alcance de 650 km.
"Estou totalmente convencido de que Saddam fará o máximo e, na verdade já é o caso, para esconder essas armas e evitar renunciar a elas", disse o chefe do governo britânico.
Paralelo a isso, Bagdá continuou em seus esforços para convencer o Conselho de Segurança da ONU para que não adote uma nova resolução sobre o desarmamento. Bagdá suspeita que Washington quer servir-se deste para justificar um ataque contra o Iraque.
"O Conselho de Segurança está confrontado com uma prova importante; ou restabelece seu crédito rejeitando a política americana vil e hostil ou se transforma no Conselho de Guerra afiliado à administração americana", escreve o jornal oficial "Al Iraq".
Antecipando uma resolução do Conselho de Segurança, Bagdá, que aceitou em 16 de setembro o retorno incondicional dos inspetores de armas depois de quatro anos rejeitando sua presença, já fez saber que não vai admitir um novo contexto que imponha novas condições.
"A comunidade internacional e o Conselho de Segurança devem opor-se firmemente aos projetos americanos para preservar a paz e a segurança mundiais", acrescenta o jornal.
O presidente americano, George W. Bush, afirmou ontem que desejava que a ONU adote "uma resolução forte" sobre o Iraque "pedindo contas" a Saddam Hussein.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, estimou, por seu lado, que Bagdá deve aceitar uma eventual nova resolução do Conselho de Segurança da ONU.
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