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Presidente sudanês promete realizar eleições gerais em 2009
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da Folha Online
O presidente sudanês, Omar Hassan Ahmad al Bashir, prometeu nesta terça-feira realizar eleições presidenciais e legislativas "livres e limpas" em 2009.
O anunciou foi feito em discurso no Palácio Presidencial de Cartum após presidir a cerimônia de posse dos novos membros da Comissão Eleitoral e do Conselho de Partidos Políticos.
Abd Raouf/AP |
O presidente do Sudão, Omar Hassan al Bashir |
No poder desde 1989, Al Bashir afirmou que a aprovação, por parte do Parlamento sudanês, dos novos membros desses dois órgãos representa "um passo importante para a realização do pleito geral".
Nesse sentido, o presidente sudanês destacou que, "nos próximos dias", serão ratificadas novas leis nos âmbitos da segurança, da imprensa e dos direitos humanos, "que complementarão as medidas de uma mudança democrática no país".
A realização de eleições gerais no Sudão é um dos principais pontos incluídos no acordo de paz assinado em janeiro de 2005 entre o governo e o Exército de Libertação do Povo Sudanês (SPLA), e que colocou fim a uma guerra de 21 anos entre o norte árabe muçulmano e o sul cristão animista.
Segundo esse tratado, as eleições devem ocorrer antes de julho de 2009.
Acusação
Ainda nesta terça, o chefe das forças de segurança do Sudão, general Salah Abdalah, advertiu nesta que a acusação ao Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Al Bashir vai gerar o caos no Sudão e em outros países da África.
O general lançou a advertência em um discurso na abertura de um fórum organizado para analisar as conseqüências de eventuais acusações do TPI contra outros presidentes africanos.
Participam do seminário, que será encerrado nesta quarta-feira, chefes de órgãos de segurança e de serviços secretos de 45 países africanos e, como observadores, 30 delegações de países de fora do continente, informaram fontes oficiais sudanesas.
Arte/Folha Online |
O procurador-chefe do TPI, Luis Moreno Ocampo, anunciou em 14 de julho uma acusação por crimes de guerra e genocídio contra presidente sudanês e solicitou aos juízes que emitissem uma ordem de detenção para que Bashir possa ser capturado e julgado em Haia.
A acusação está vinculada ao papel de Bashir no conflito de fundo étnico e religioso em Darfur, região no oeste do Sudão, que teve início em fevereiro de 2003 e causou cerca de 300 mil mortes. Aproximadamente 2,5 milhões de pessoas foram deslocadas pelo conflito, segundo cálculos da ONU (Organização das Nações Unidas).
O chefe da delegação sudanesa no fórum, general Motasem Abdel Qader, afirmou que prováveis acusações do TPI contra outros presidentes africanos desencadeariam crises regionais, como as que aconteceram em Ruanda e na República Democrática do Congo (RDC), que causaram a morte de centenas de milhares de pessoas.
Com agências internacionais
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