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12/12/2002 - 09h28

Tropas americanas se instalam no Kuait

da France Presse, Al Kuait

As tropas americanas continuam chegando ao Kuait, onde se instalam em acampamentos espalhados pelo deserto e treinam dia e noite às portas do Iraque.

O número de soldados subiu de 12 mil para 15 mil em um mês, segundo fontes militares americanas. No local, dispõem de duas dezenas de helicópteros de combate Apache, tanques e veículos blindados para equipar duas brigadas.

Reuters
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, ri com soldados americanos durante visita a base dos EUA no Kuait


O Exército americano treina dia e noite e os jornalistas tiveram acesso autorizado a alguns de seus acampamentos, como o de Udeiri, a noroeste da capital, onde os exercícios são feitos com munição real.

Os acampamentos militares surgiram em todo o deserto no norte do Kuait, com nomes como Virgínia, Nova York, Pensilvânia, Nova Jersey e Commando Camps.

Camp Doha, a principal base de decolagem americana situada 30 km ao norte da capital, é o maior dos acampamentos e o mais antigo, com milhares de soldados e material como tanques e peças de artilharia.

O quartel-general do 3º Exército americano, que controla as tropas do norte da África, Oriente Médio e Ásia Central, foi transferido para o Kuait neste ano.

Dirigentes americanos e kuaitianos desmentem qualquer vínculo entre os reforços militares e os preparativos de Washington para um eventual ataque no Iraque. As tropas iraquianas foram expulsas do Kuait em 1991, depois de sete meses de ocupação, por uma coalizão dirigida pelos Estados Unidos.

O Kuait, visto como um país de primeira linha em caso de ataque ao Iraque, negou que tenham sido triplicados os efetivos americanos em menos de um ano. Os dirigentes kuaitianos se limitam a dizer que esses militares estão no país para exercícios conjuntos.

Oficialmente, o Kuait é contrário a toda ação militar americana contra seu vizinho sem uma autorização das Nações Unidas.

Kuait e Estados Unidos organizam exercícios conjuntos conforme os acordos de defesa firmados depois da Guerra do Golfo, em 1991. Mas o reforço e a presença militar dos norte-americanos constituem um claro sinal destinado ao Iraque sobre a determinação de Washington de passar ao ataque no momento certo.

Os kuaitianos não escondem seu desejo de derrubar o regime de Saddam Hussein, a quem jamais perdoaram a invasão a seu país. A grande maioria da população vê na presença americana uma garantia contra toda veleidade agressiva do Iraque.

Entretanto, alguns se sentem presos entre dois fogos, o americano e o iraquiano.

Uma série de ataques contra soldados americanos no Kuait evidenciou dúvidas obre o apoio a esta presença entre os kuaitianos.

Um fuzileiro naval americano foi morto e outro ferido em outubro, durante um exercício em uma ilha do Kuait.

Um dos atacantes kuaitianos, que foi morto durante o ataque, tinha jurado fidelidade a Osama bin Laden (líder da rede terrorista Al Qaeda), segundo o Ministério do Interior do Kuait.

O Kuait tentou minimizar a importância deste e de outros três incidentes que não causaram vítimas. Mas no dia 21 de novembro, um policial kuaitiano feriu a tiros dois soldados americanos e fugiu para a Arábia Saudita, que rapidamente o devolveu às autoridades de seu país.

Qatar
Em Doha, o secretário de Defesa americano, Donald Rumsfeld, assinou um novo acordo com o Qatar para formalizar a presença americana na base de Al Udeid, intensificando as relações entre Washington e Qatar e a capacidade americana em caso de ataque ao Iraque.

O convênio foi firmado pelo chanceler do Qatar, xeque Hamad Bin Jassem, pouco depois da chegada de Rumsfeld para observar os exercícios militares americanos e britânicos na região do golfo Pérsico.

A base aérea de Al Udeid, ao sul de Doha, conta com a maior quantidade de armas e equipamento americanos no Oriente Médio.

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