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23/12/2002
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15h56
Ao referir-se à mobilização de tropas norte-americanas na região do Golfo, o vice-primeiro-ministro iraquiano, Tarek Aziz, declarou hoje que os Estados Unidos reúnem tropas "como para uma guerra mundial" contra o mundo árabe.
Segundo Tarek Aziz, "trata-se de uma preparação estratégica para uma guerra que visa o conjunto do mundo árabe, do Levante até o Magreb [países da África do norte]".
Aziz formulou essas declarações durante uma reunião de solidariedade afro-asiática para com o Iraque, organizada em Bagdá.
"É lógico que a América, com todos esses preparativos militares para atacar o Iraque não tem por objetivo senão a derrubada do regime iraquiano" do presidente Saddam Hussein, afirmou Aziz no fórum.
"O objetivo direto é o Iraque, mas após o Iraque não haverá contemplações nem com Marrakech (Marrocos), nem com Bahrein", advertiu.
Avanço gradual
"Durante toda a guerra, mesmo a convencional, a agressão começa pelas fronteiras, leste ou oeste, depois avança gradualmente até ocupar o conjunto [dos países]", acrescentou o dirigente iraquiano.
Ele acusou os Estados Unidos e Israel de procurar "dividir a região em pequenos Estados fracos, ante os quais a entidade sionista será a parte mais poderosa".
O objetivo dos Estados Unidos não se limita ao Iraque e ao mundo árabe, mas ao mundo todo, segundo Aziz.
"A América quer dominar toda a região, inclusive os países árabes e não-árabes", afirmou, destacando que Washington procura uma "dominação militar, econômica, política e mesmo cultural".
"Através de sua dominação [do mundo árabe], a América quer consolidar sua dominação atual do mundo, porque controlando o petróleo no Iraque, no Irã e na Arábia Saudita, dominará a Europa e mesmo a China", declarou Aziz, acrescentando: "a Rússia será a única exceção".
Acusações
Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU (Organização das Nações Unidas), e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos.
Além disso, o presidente Saddam Hussein é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.
No dia 13 de novembro, o Iraque aceitou de forma incondicional a nova resolução da ONU, chamada de resolução 1.441, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança no dia 8 de novembro.
A resolução determina a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Caso contrário, o Iraque enfrentará "sérias consequências". O grupo de trabalho possui 270 inspetores, de 48 países. Estarão trabalhando cem de cada vez.
No dia 21 de fevereiro de 2003 os inspetores de armas devem entregar ao Conselho de Segurança da ONU um relatório final sobre sobre a situação de armamento do Iraque.
Com agências internacionais
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Iraque diz que EUA se preparam para uma guerra mundial
da Folha OnlineAo referir-se à mobilização de tropas norte-americanas na região do Golfo, o vice-primeiro-ministro iraquiano, Tarek Aziz, declarou hoje que os Estados Unidos reúnem tropas "como para uma guerra mundial" contra o mundo árabe.
Segundo Tarek Aziz, "trata-se de uma preparação estratégica para uma guerra que visa o conjunto do mundo árabe, do Levante até o Magreb [países da África do norte]".
Aziz formulou essas declarações durante uma reunião de solidariedade afro-asiática para com o Iraque, organizada em Bagdá.
"É lógico que a América, com todos esses preparativos militares para atacar o Iraque não tem por objetivo senão a derrubada do regime iraquiano" do presidente Saddam Hussein, afirmou Aziz no fórum.
"O objetivo direto é o Iraque, mas após o Iraque não haverá contemplações nem com Marrakech (Marrocos), nem com Bahrein", advertiu.
Avanço gradual
"Durante toda a guerra, mesmo a convencional, a agressão começa pelas fronteiras, leste ou oeste, depois avança gradualmente até ocupar o conjunto [dos países]", acrescentou o dirigente iraquiano.
Ele acusou os Estados Unidos e Israel de procurar "dividir a região em pequenos Estados fracos, ante os quais a entidade sionista será a parte mais poderosa".
O objetivo dos Estados Unidos não se limita ao Iraque e ao mundo árabe, mas ao mundo todo, segundo Aziz.
"A América quer dominar toda a região, inclusive os países árabes e não-árabes", afirmou, destacando que Washington procura uma "dominação militar, econômica, política e mesmo cultural".
"Através de sua dominação [do mundo árabe], a América quer consolidar sua dominação atual do mundo, porque controlando o petróleo no Iraque, no Irã e na Arábia Saudita, dominará a Europa e mesmo a China", declarou Aziz, acrescentando: "a Rússia será a única exceção".
Acusações
Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU (Organização das Nações Unidas), e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos.
Além disso, o presidente Saddam Hussein é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.
No dia 13 de novembro, o Iraque aceitou de forma incondicional a nova resolução da ONU, chamada de resolução 1.441, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança no dia 8 de novembro.
A resolução determina a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Caso contrário, o Iraque enfrentará "sérias consequências". O grupo de trabalho possui 270 inspetores, de 48 países. Estarão trabalhando cem de cada vez.
No dia 21 de fevereiro de 2003 os inspetores de armas devem entregar ao Conselho de Segurança da ONU um relatório final sobre sobre a situação de armamento do Iraque.
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