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21/01/2003
-
18h58
O alto representante de Política Externa e de Segurança da União Européia (UE), Javier Solana, vai reiterar sábado (25) em Davos (Suíça) ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, o apoio europeu ao grupo de amigos da Venezuela promovido pelo Brasil, anunciou um porta-voz.
Solana e Lula estarão em Davos por ocasião do Fórum Econômico Mundial.
"Será um contato político, não entraremos em nenhum detalhe", limitou-se a explicar o porta-voz, recordando que "desde o primeiro momento em que o ministro Celso Amorim propôs esta idéia há três semanas, fomos os primeiros a apoiá-la.
Solana falou hoje sobre a crise na Venezuela, durante um encontro com o ministro argentino das Relações Exteriores, Carlos Ruckauf, "mencionando os contatos mantidos com o ministro Amorim em várias ocasiões", disse o porta-voz.
União Européia
A presidência grega da União Européia elogiou hoje a formação do Grupo de Amigos da Venezuela, que tenta ajudar os venezuelanos a superar a atual crise entre a oposição e os partidários do presidente Hugo Chávez.
"A União Européia expressa seu pleno apoio ao grupo para encontrar uma solução viável para a crise na Venezuela", informou o Ministério das Relações Exteriores grego.
O Grupo de Amigos da Venezuela foi criado na quarta-feira (15) em Quito (Equador), por iniciativa do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Seu objetivo é apoiar os esforços do secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), César Gaviria, que dirige em Caracas uma mesa de negociação entre o governo de Chávez e a oposição.
As negociações têm como objetivo dar fim ao conflito por trás de uma greve convocada pela oposição, que busca forçar a renúncia de Chávez ou a antecipação das eleições. Iniciada há 51 dias, a greve paralisou a produção de petróleo da Venezuela, deixando os mercados internacionais, já preocupados com a possível guerra dos EUA contra o Iraque, ainda mais nervosos.
O Grupo de Amigos da Venezuela terá na sexta-feira (24) sua primeira reunião em Washington, na sede da OEA.
Negociações
Kofi Annan, secretário-geral da ONU, pretende enviar um representante para a Venezuela para participar da iniciativa do "grupo de amigos".
O Prêmio Nobel da Paz Jimmy Carter está em Caracas para tentar retomar as negociações de paz entre Chávez e seus adversários políticos. "Sempre há uma esperança por uma resolução e espero que seja em breve", declarou ontem Carter em Caracas, onde pretende encontrar Gaviria.
Na semana passada, Chávez havia dito que o governo poderia abandonar as negociações, mediadas por Gaviria, apesar de a comunidade internacional unir esforços para acabar com o impasse no país.
Chávez chamou seus opositores de "terroristas e fascistas" e disse que não há possibilidade de negociação com os líderes da greve.
Líderes de oposição, que acusam Chávez de governar como um ditador e culpam o caos econômico a seu governo populista, disseram que as negociações comandadas pela OEA são a única solução possível para a crise. Segundo eles, a greve continua até a renúncia de Chávez.
Outra exigência da oposição é que haja um plebiscito a respeito do governo de Chávez no dia 2 de fevereiro. Mas o presidente diz que é preciso esperar até agosto, quando a Constituição permite a realização de tal plebiscito a respeito de seu mandato.
Chávez, que ensaiou um golpe em 1992, seis anos antes de ser eleito, e sobreviveu a um golpe no ano passado, visitou o Brasil no sábado (18) para se encontrar com Luiz Inácio Lula da Silva e conversar a respeito do apoio internacional às negociações da OEA.
Com agências internacionais
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Solana vai reiterar a Lula apoio da UE a "grupo de amigos"
da Folha OnlineO alto representante de Política Externa e de Segurança da União Européia (UE), Javier Solana, vai reiterar sábado (25) em Davos (Suíça) ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, o apoio europeu ao grupo de amigos da Venezuela promovido pelo Brasil, anunciou um porta-voz.
Solana e Lula estarão em Davos por ocasião do Fórum Econômico Mundial.
"Será um contato político, não entraremos em nenhum detalhe", limitou-se a explicar o porta-voz, recordando que "desde o primeiro momento em que o ministro Celso Amorim propôs esta idéia há três semanas, fomos os primeiros a apoiá-la.
Solana falou hoje sobre a crise na Venezuela, durante um encontro com o ministro argentino das Relações Exteriores, Carlos Ruckauf, "mencionando os contatos mantidos com o ministro Amorim em várias ocasiões", disse o porta-voz.
União Européia
A presidência grega da União Européia elogiou hoje a formação do Grupo de Amigos da Venezuela, que tenta ajudar os venezuelanos a superar a atual crise entre a oposição e os partidários do presidente Hugo Chávez.
"A União Européia expressa seu pleno apoio ao grupo para encontrar uma solução viável para a crise na Venezuela", informou o Ministério das Relações Exteriores grego.
O Grupo de Amigos da Venezuela foi criado na quarta-feira (15) em Quito (Equador), por iniciativa do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Seu objetivo é apoiar os esforços do secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), César Gaviria, que dirige em Caracas uma mesa de negociação entre o governo de Chávez e a oposição.
As negociações têm como objetivo dar fim ao conflito por trás de uma greve convocada pela oposição, que busca forçar a renúncia de Chávez ou a antecipação das eleições. Iniciada há 51 dias, a greve paralisou a produção de petróleo da Venezuela, deixando os mercados internacionais, já preocupados com a possível guerra dos EUA contra o Iraque, ainda mais nervosos.
O Grupo de Amigos da Venezuela terá na sexta-feira (24) sua primeira reunião em Washington, na sede da OEA.
Negociações
Kofi Annan, secretário-geral da ONU, pretende enviar um representante para a Venezuela para participar da iniciativa do "grupo de amigos".
O Prêmio Nobel da Paz Jimmy Carter está em Caracas para tentar retomar as negociações de paz entre Chávez e seus adversários políticos. "Sempre há uma esperança por uma resolução e espero que seja em breve", declarou ontem Carter em Caracas, onde pretende encontrar Gaviria.
Na semana passada, Chávez havia dito que o governo poderia abandonar as negociações, mediadas por Gaviria, apesar de a comunidade internacional unir esforços para acabar com o impasse no país.
Chávez chamou seus opositores de "terroristas e fascistas" e disse que não há possibilidade de negociação com os líderes da greve.
Líderes de oposição, que acusam Chávez de governar como um ditador e culpam o caos econômico a seu governo populista, disseram que as negociações comandadas pela OEA são a única solução possível para a crise. Segundo eles, a greve continua até a renúncia de Chávez.
Outra exigência da oposição é que haja um plebiscito a respeito do governo de Chávez no dia 2 de fevereiro. Mas o presidente diz que é preciso esperar até agosto, quando a Constituição permite a realização de tal plebiscito a respeito de seu mandato.
Chávez, que ensaiou um golpe em 1992, seis anos antes de ser eleito, e sobreviveu a um golpe no ano passado, visitou o Brasil no sábado (18) para se encontrar com Luiz Inácio Lula da Silva e conversar a respeito do apoio internacional às negociações da OEA.
Com agências internacionais
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