Publicidade
Publicidade
10/02/2003
-
16h18
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não conseguiu resolver o impasse sobre quando começar a planejar medidas de proteção para a Turquia, no caso de uma guerra contra o Iraque, em uma segunda reunião do Conselho do Atlântico Norte hoje, disse uma autoridade da aliança.
"Não houve acordo, haverá outra reunião amanhã", disse a autoridade, que pediu para não ser identificada.
A reunião de emergência foi marcada depois que a Alemanha, a Bélgica e a França vetaram hoje em uma primeira reunião o pedido dos EUA à Otan de iniciar já os preparativos para aumentar as defesas da Turquia diante de um possível ataque ao Iraque.
A Turquia, que na semana passada liberou aos EUA a modernização de suas bases militares -que podem servir para ataques dos EUA ao Iraque em caso de guerra-, teme sofrer represálias do Iraque.
Alemanha, Bélgica e França consideram que iniciar os preparativos enquanto tentam aproveitar as vias diplomáticas para resolver a crise do Iraque poderia prejudicar esses esforços.
Os três países alegam não haver motivos para começar a movimentação militar e que dar início a esse tipo de ação seria aceitar a "lógica da guerra".
A oposição dos três países revelou as profundas divisões mundiais sobre um ataque ao Iraque.
O secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, classificou a iniciativa da Alemanha, França e Bélgica como "uma desgraça" e disse que países que se opõem ao plano de reforçar as defesas da Turquia seriam condenados por seu próprio povo.
A Turquia, único país-membro da Otan muçulmano, poderá ser um dos pontos de partida para um ataque ao Iraque, que faz fronteira com o país.
"Decidimos quebrar o silêncio nesta manhã", disse o ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Louis Michel, referindo-se ao procedimento utilizado.
Michel declarou que tinha conversado com o ministro das Relações Exteriores da França, Dominique de Villepin, na manhã de hoje, e que se eles concordassem em aumentar as defesas da Otan seria um sinal de que a guerra contra o Iraque já havia começado.
A França informou sua posição nesta manhã ao secretário-geral da aliança militar ocidental, George Robertson, anunciou uma fonte da Otan. A Bélgica fez o mesmo pouco depois, assim como a Alemanha, disse a fonte.
Os países-membros da Otan tinham até hoje para notificar a Robertson se aceitavam ou não o pedido de ajuda feito pelos EUA há duas semanas para proteger a Turquia em caso de conflito no Iraque.
Se nenhum membro da Otan tivesse se oposto, a aliança militar ocidental teria começado a planejar o reforço das defesas da Turquia com aviões de vigilância Awac, mísseis Patriot e equipes especiais antiataques químicos e biológicos.
Com agências internacionais
Leia mais
Alemanha, França e Rússia divulgam declaração
Iraque permite inspeção aérea com aviões U-2
"Iraque é a guerra de Bush pelo petróleo", diz Nobel
Protesto antiguerra pretende reunir milhares no Rio
Especial
Saiba mais sobre a crise EUA-Iraque
Otan não consegue resolver impasse sobre Iraque
da Folha OnlineA Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não conseguiu resolver o impasse sobre quando começar a planejar medidas de proteção para a Turquia, no caso de uma guerra contra o Iraque, em uma segunda reunião do Conselho do Atlântico Norte hoje, disse uma autoridade da aliança.
"Não houve acordo, haverá outra reunião amanhã", disse a autoridade, que pediu para não ser identificada.
A reunião de emergência foi marcada depois que a Alemanha, a Bélgica e a França vetaram hoje em uma primeira reunião o pedido dos EUA à Otan de iniciar já os preparativos para aumentar as defesas da Turquia diante de um possível ataque ao Iraque.
A Turquia, que na semana passada liberou aos EUA a modernização de suas bases militares -que podem servir para ataques dos EUA ao Iraque em caso de guerra-, teme sofrer represálias do Iraque.
Alemanha, Bélgica e França consideram que iniciar os preparativos enquanto tentam aproveitar as vias diplomáticas para resolver a crise do Iraque poderia prejudicar esses esforços.
Os três países alegam não haver motivos para começar a movimentação militar e que dar início a esse tipo de ação seria aceitar a "lógica da guerra".
A oposição dos três países revelou as profundas divisões mundiais sobre um ataque ao Iraque.
O secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, classificou a iniciativa da Alemanha, França e Bélgica como "uma desgraça" e disse que países que se opõem ao plano de reforçar as defesas da Turquia seriam condenados por seu próprio povo.
A Turquia, único país-membro da Otan muçulmano, poderá ser um dos pontos de partida para um ataque ao Iraque, que faz fronteira com o país.
"Decidimos quebrar o silêncio nesta manhã", disse o ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Louis Michel, referindo-se ao procedimento utilizado.
Michel declarou que tinha conversado com o ministro das Relações Exteriores da França, Dominique de Villepin, na manhã de hoje, e que se eles concordassem em aumentar as defesas da Otan seria um sinal de que a guerra contra o Iraque já havia começado.
A França informou sua posição nesta manhã ao secretário-geral da aliança militar ocidental, George Robertson, anunciou uma fonte da Otan. A Bélgica fez o mesmo pouco depois, assim como a Alemanha, disse a fonte.
Os países-membros da Otan tinham até hoje para notificar a Robertson se aceitavam ou não o pedido de ajuda feito pelos EUA há duas semanas para proteger a Turquia em caso de conflito no Iraque.
Se nenhum membro da Otan tivesse se oposto, a aliança militar ocidental teria começado a planejar o reforço das defesas da Turquia com aviões de vigilância Awac, mísseis Patriot e equipes especiais antiataques químicos e biológicos.
Com agências internacionais
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice