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13/02/2003
-
18h49
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, recusou-se hoje a descartar o uso de armas nucleares na possível guerra com o Iraque, mas lembrou que armas atômicas não são usadas em hostilidades desde 1945.
"Nossa política vem sendo, historicamente, a de que não evitaremos o uso de armas nucleares se formos atacados", disse Rumsfeld em audiência o Comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA.
"Estamos confiantes de poder fazer o que precisamos usando apenas nossas capacidades convencionais", declarou Rumsfeld. Ele acrescentou que o país não "descarta várias opções"', mas disse que "estas armas... não foram disparadas em situações de fúria desde 1945".
Rumsfeld fez os comentários após o questionamento do senador democrata Edward Kennedy, de Massachusetts, que manifestou alarme pelo fato de o governo Bush poder estar considerando reduzir os limites para o possível uso de armas nucleares.
"Como você bem entende, a arma nuclear não é apenas mais uma arma no arsenal. E até agora sempre as mantivemos afastadas por boas razões, por causa de sua enorme força destrutiva e do nosso profundo compromisso de fazer tudo para que jamais sejam usadas de novo", disse Kennedy.
"O Departamento de Defesa tem a obrigação e as sucessivas administrações de ambos os partidos realizaram procedimentos sobre quando seria concebível usar armas nucleares? Sim", disse Rumsfeld.
Kennedy perguntou então se os Estados Unidos estão "seriamente considerando o uso de qualquer arma nuclear contra o Iraque".
"A única pessoa nos Estados Unidos que tem o poder de usar armas desta natureza é o presidente dos Estados Unidos", respondeu o secretário de Defesa. "Me parece que se olharmos para o passado, passamos pela Guerra da Coréia, passamos pela Guerra do Vietnã, estamos passando através da guerra ao terror e não usamos armas nucleares. Isso deve dizer algo sobre os limites com respeito a armas nucleares".
"Temos confiança de que no caso de uso da força no Iraque poderemos fazer o que precisa ser feito usando capacidades convencionais".
Em dezembro passado, a Casa Branca havia informado num documento estratégico que os norte-americanos "continuam a se reservar o direito de responder com força maciça, aí compreendidas todas as nossas opções", entre elas a nuclear, em caso de ataque com armas biológicas e químicas contra os Estados Unidos, suas forças no exterior ou seus aliados.
O único caso de uso de armas nucleares em tempos de guerra ocorreu em agosto de 1945, quando os Estados Unidos usaram bombas atômicas contra duas cidades do Japão, Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial.
Os Estados Unidos estão concentrando grande força militar na região do golfo Pérsico para uma possível guerra para forçar o Iraque a desfazer-se de suas supostas armas de destruição em massa.
Bagdá nega ter tais armas.
Com agências internacionais
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EUA não descartam ataque nuclear contra o Iraque, diz Rumsfeld
da Folha OnlineO secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, recusou-se hoje a descartar o uso de armas nucleares na possível guerra com o Iraque, mas lembrou que armas atômicas não são usadas em hostilidades desde 1945.
Reuters - 7.fev.2003 |
Donald Rumsfeld, secretário de Defesa dos EUA |
"Estamos confiantes de poder fazer o que precisamos usando apenas nossas capacidades convencionais", declarou Rumsfeld. Ele acrescentou que o país não "descarta várias opções"', mas disse que "estas armas... não foram disparadas em situações de fúria desde 1945".
Rumsfeld fez os comentários após o questionamento do senador democrata Edward Kennedy, de Massachusetts, que manifestou alarme pelo fato de o governo Bush poder estar considerando reduzir os limites para o possível uso de armas nucleares.
"Como você bem entende, a arma nuclear não é apenas mais uma arma no arsenal. E até agora sempre as mantivemos afastadas por boas razões, por causa de sua enorme força destrutiva e do nosso profundo compromisso de fazer tudo para que jamais sejam usadas de novo", disse Kennedy.
"O Departamento de Defesa tem a obrigação e as sucessivas administrações de ambos os partidos realizaram procedimentos sobre quando seria concebível usar armas nucleares? Sim", disse Rumsfeld.
Kennedy perguntou então se os Estados Unidos estão "seriamente considerando o uso de qualquer arma nuclear contra o Iraque".
"A única pessoa nos Estados Unidos que tem o poder de usar armas desta natureza é o presidente dos Estados Unidos", respondeu o secretário de Defesa. "Me parece que se olharmos para o passado, passamos pela Guerra da Coréia, passamos pela Guerra do Vietnã, estamos passando através da guerra ao terror e não usamos armas nucleares. Isso deve dizer algo sobre os limites com respeito a armas nucleares".
"Temos confiança de que no caso de uso da força no Iraque poderemos fazer o que precisa ser feito usando capacidades convencionais".
Em dezembro passado, a Casa Branca havia informado num documento estratégico que os norte-americanos "continuam a se reservar o direito de responder com força maciça, aí compreendidas todas as nossas opções", entre elas a nuclear, em caso de ataque com armas biológicas e químicas contra os Estados Unidos, suas forças no exterior ou seus aliados.
O único caso de uso de armas nucleares em tempos de guerra ocorreu em agosto de 1945, quando os Estados Unidos usaram bombas atômicas contra duas cidades do Japão, Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial.
Os Estados Unidos estão concentrando grande força militar na região do golfo Pérsico para uma possível guerra para forçar o Iraque a desfazer-se de suas supostas armas de destruição em massa.
Bagdá nega ter tais armas.
Com agências internacionais
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