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19/02/2003 - 10h36

Alemanha condena marroquino a 15 anos de prisão por 11/9

da Folha Online

Um tribunal da Alemanha condenou hoje o marroquino Mounir al Motassadeq a 15 anos de prisão por seu envolvimento nos atentados de 11 de setembro nos EUA.

Na época, aviões controlados por sequestradores atingiram as duas torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nas cercanias de Washington, matando cerca de 3.000 pessoas. Este foi o primeiro julgamento de um suposto conspirador dos atentados nos EUA.

A corte de Hamburgo declarou Al Motassadeq, 28, culpado por envolvimento na organização logística dos atentados de 11 de setembro.

"O réu pertenceu ao grupo de Atta desde o momento de sua fundação. Esse grupo de estudantes muçulmanos e árabes planejou os ataques por causa de seu ódio pelos EUA e por Israel", declarou o juiz do caso Albrecht Mentz.

Os promotores, que pediram a pena máxima de 15 anos de prisão, disseram que o acusado sabia dos planos do ataque e providenciou apoio logístico à célula da Al Qaeda com sede em Hamburgo, liderada por Mohamed Atta [o suposto líder dos sequestradores de 11 de setembro].

Em outubro do ano passado, no início do primeiro julgamento de um suspeito de participação nos atentados de 11 de setembro de 2001, Al Motassadeq admitiu ter sido treinado em um dos campos que eram controlados por Osama bin Laden no Afeganistão, mas negou ter conhecimento do plano de atacar os EUA.

Al Motassadeq afirmou ter aprendido a usar um fuzil Kalashnikov durante as três semanas de treinamento que teve no Afeganistão, em 2000. Apesar disso, ele negou ter conhecimento de que o campo era administrado pela Al Qaeda, pelo menos até chegar ao Afeganistão.

Os advogados de Al Motassadeq disseram que ele não fez nada além de tornar-se amigo de outros muçulmanos e insistiram que o treinamento de seu cliente no Afeganistão não significava que ele era um extremista violento.

Segundo os promotores, ele deu apoio logístico à célula de Hamburgo da rede terrorista de Bin Laden, que, além de Atta, abrigava outros dois suicidas. Al Motassadeq afirmou ter conhecido Atta numa escola, em 1996, e que os dois se tornaram amigos, almoçando no mesmo horário e discutindo religião e política. Entretanto, de acordo com o réu, Atta jamais mencionou o plano de atacar os EUA durante suas conversas.

Com agências internacionais

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