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19/03/2009 - 09h18

Depois de derrubar presidente, oposição suspende Parlamento em Madagáscar

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da Folha Online

O novo presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, decidiu nesta quinta-feira "suspender as atividades da Assembleia Nacional e do Senado", anunciou à imprensa o porta-voz do governo. Rajoelina assumiu como presidente depois de liderar, por cerca de dois meses, intensos protestos contra o ex-presidente Marc Ravalomanana, acusado de desviar dinheiro público e violar a Constituição.

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Ravalomanana foi o primeiro presidente da empobrecida ilha africana após décadas de ditadura, que seguiram a dominação francesa sobre Madagáscar. A comunidade internacional criticou o modo como Rajoelina chegou ao poder e a União Africana e os Estados Unidos já acenam com sanções caso o novo governo --que prometeu convocar eleições em até 24 meses-- não respeite a Constituição.

Siphiwe Sibeko-18mar.09/Reuters
Andry Rajoelina conversa com a imprensa após assumir Presidência
Andry Rajoelina conversa com a imprensa após assumir Presidência

O anúncio foi feito ao fim do primeiro conselho de ministros liderado pelo ex-líder opositor. O conselho confirmou a criação de uma "alta autoridade para a transição para a Quarta República" e garante o funcionamento regular das instituições e da democracia durante o período transitório que não poderá exceder os 24 meses, segundo o porta-voz do governo, Augustin Andriamananoro.

Andriamananoro, contudo, não explicou os motivos para a suspensão do Parlamento e nem qual objetivo de Rajoelina com a medida --que não deve ser bem recebida pela já receosa comunidade internacional.

Na véspera, a Alta Corte Constitucional de Madagáscar legalizou a designação à Presidência interina de Rajoelina após a renúncia forçada de Ravalomanana e a concessão, por parte do Exército, de "plenos poderes" ao novo chefe de Estado.

Confirmado presidente em exercício, Rajoelina prometeu fazer da luta contra a pobreza sua prioridade diante de 15 mil pessoas reunidas na Praça 13 de Maio, principal cenário de sua disputa de três meses com Marc Ravalomanana, que deixaram ao menos 135 mortos.

"Não vou vender arroz e óleo", disse à multidão Rajoelina, referindo-se ao seu antecessor, proprietário de um império agro-alimentar em Madagáscar. "Baixarei os preços. Vou conversar com os operadores econômicos para poder baixar os preços do arroz", disse, sobre o alimento de base em um dos países mais pobres do planeta.

Com France Presse

 

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