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24/03/2009 - 10h06

Reino Unido vai preparar mais de 60 mil trabalhadores para combater terrorismo

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da Efe, em Londres

O Reino Unido vai preparar mais de 60 mil trabalhadores de diversas áreas para fazer frente à ameaça terrorista, seguindo uma nova e extensa estratégia do governo divulgada nesta terça-feira.

Segundo a ministra do Interior do país, Jacqui Smith, "uma ampla gama de pessoas tem que estar preparada, a fim de manter a vigilância diante de uma ameaça de ataque". "As pessoas devem saber o que fazer neste caso".

A nova estratégia vem a público poucos dias antes da cúpula do G20 (grupo que reúne as principais potências econômicas e países emergentes), que começa no próximo dia 2 em Londres. A nova estratégia é considerada a mais exaustiva elaborada até agora pelo governo do Reino Unido para combater a ameaça terrorista.

"Não acho que enfrentar o terrorismo seja algo possível de fazer unicamente com a polícia e as agências de segurança, apesar de o fazerem de maneira brilhante", disse Smith.

De acordo com a nova estratégia, intitulada "Contest 2", a rede terrorista Al Qaeda deve se fragmentar diante da pressão e dos esforços internacionais, "mas ainda é capaz de conduzir ataques terroristas significativos".

O texto diz ainda que, apesar de alguns muçulmanos continuarem apoiando a ideologia do extremismo islâmico, "menos apoiam as atividades operacionais da Al Qaeda".

O plano ainda destaca que as armas químicas, biológicas e nucleares representam um grave perigo caso caiam nas mãos de terroristas.

Alerta

Desde julho de 2007, o nível de ameaça contra o Reino Unido está na classificação "severo", o que significa que é alta a probabilidade de que haja um ataque terrorista sem advertência.

Durante a preparação deste documento, o governo do Reino Unido avaliou os mais recentes atentados no mundo, como os ocorridos em novembro de 2008 contra vários hotéis na cidade indiana de Mumbai.

Em 2011, o Reino Unido investirá 3,5 bilhões de libras (3,95 bilhões de euros) anuais em medidas antiterroristas.

Desde 2003, o número de policiais encarregados de fazer frente a esta ameaça no país aumentou de 1.700 para os atuais três mil. Segundo os dados divulgados hoje, o serviço de contra-espionagem MI5 duplicou seu pessoal.

Estratégia

A estratégia mantém a estrutura de outras elaboradas no passado, centradas em quatro áreas de trabalho: prevenir e perseguir as atividades terroristas e proteger e preparar a população.

Smith explicou que o terrorismo não pode ser combatido exclusivamente a partir do governo e, como exemplo, disse que gerentes de lojas de departamento e os responsáveis pela segurança desses estabelecimentos são vitais para combater a ameaça.

Segundo a ministra, o Reino Unido tem que estudar a forma como a ameaça terrorista se desenvolve, motivo pelo qual as medidas para detectar e prevenir o terrorismo devem funcionar de forma paralela.

De acordo com Smith, o plano a curto prazo é capturar os que planejam os atos terroristas e "levá-los perante o sistema judiciário".

A responsável pela pasta de Interior lembrou ainda que também pretende "evitar que as pessoas tenham inclinação pelo terrorismo e pelo radicalismo violento. Essa é outra importante área da estratégia".

Paul Wilkinson, especialista em segurança e terrorismo do Reino Unido, declarou que estes planos são "muito importantes" devido à participação cidadã. "uma maior participação da população é algo bom porque não há policiais e agentes dos serviços secretos suficientes para fazer frente à magnitude do problema".

 

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