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Rebeldes acusam Exército pela morte ao menos 200 civis no Sri Lanka
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da Folha Online
A guerrilha separatista tâmil afirmou neste domingo que ao menos 257 civis e mais de 800 ficaram feridos em uma nova ofensiva das tropas do Sri Lanka contra o último reduto sob controle dos rebeldes, no norte da ilha. A informação foi desmentida pelo Exército.
Entenda o conflito entre governo e rebeldes no Sri Lanka
Segundo o portal Tamilnet, afiliado aos rebeldes, as tropas lançaram uma operação na madrugada deste domingo que avançou sobre a zona de segurança para civis delimitada pelo próprio Exército cingalês.
O portal, que cita fontes médicas, diz que 257 corpos, 67 deles de crianças, foram levados a uma escola do município de Mullivaakkal, que foi transformada em hospital improvisado.
A agência de notícias Associated Press, citando um funcionário de saúde cingalês, diz que o número de mortos da ofensiva chega a 378. V. Shanmugarajah, médico que trabalha na zona de guerra, afirmou ainda que outras 1.122 pessoas ficaram feridas.
"As tropas governamentais atacaram com todo o tipo de armas letais, incluindo bombas de fragmentação e canhões a área segura que as tropas delimitaram para os civis que permanecem presos na zona das hostilidades", segundo o Tamilnet.
O porta-voz militar, Udaya Nanayakkara, afirmou que as acusações da guerrilha dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) são falsas e acrescentou que, durante a noite, foram ouvidas várias explosões e tiroteios dentro da área segura --ataque que atribuiu aos rebeldes.
Nanayakkara acrescentou que os LTTE atacam os civis e depois culpam o Exército para ganhar a simpatia da imprensa e da comunidade internacional e se fortalecer diante de uma negociação de trégua.
"Os radares detectaram o LTTE posicionando seus morteiros ao sul da zona de segurança e atirando de lá. Esta manhã, o radar detectou duas ocasiões nas quais o LTTE atirou na zona de segurança para culpar os militares", disse.
Tensão étnica
Arte/Folha Online |
A tensão que explodiu nos últimos meses entre a maioria cingalesa do Sri Lanka e a minoria tâmil se manifestou de forma clara após a independência do país, em 1948, do domínio britânico. Os Tigres Tâmeis surgiram em 1976, para lutar pela criação de um Estado independente no norte do país, alegando defender o direito das minorias tâmeis diante da opressão de sucessivos governos da maioria cingalesa.
O grupo é acusado pela polícia de ter matado líderes políticos e militares, e utilizou frequentemente homens-bomba durante suas ações.
A guerra aberta entre o grupo e o governo explodiu em 1983 e matou dezenas de milhares de pessoas em duas décadas. Os dois lados assinaram um acordo de cessar-fogo, em fevereiro de 2002, mas a violência intensificou-se em 2006, e o governo recuperou o controle da Província Oriental, em 2007. Em janeiro de 2008, o governo suspendeu oficialmente o cessar-fogo. Segundo o governo, o objetivo é acabar com o grupo rebelde e encerrar a guerra civil no Sri Lanka.
Segundo dados do Censo de 2001, naquele ano havia 1,8 milhão de tâmeis no Sri Lanka, 8,5% dos 21 milhões de habitantes do país.
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