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21/05/2009 - 23h08

Uribe diz que reeleição seria "inconveniente", mas não descarta 3° mandato

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colaboração para a Folha Online

O presidente colombiano, Álvaro Uribe, disse nesta quinta-feira que considera "inconveniente" uma nova reeleição, embora não tenha descartado ser candidato nas eleições de 2010, caso isso seja permitido por um referendo.

"O país tem líderes muitos bons", disse Uribe durante um fórum da revista britânica "The Economist", realizado em Bogotá. "Vejo inconveniente nisto, por perpetuar o presidente e porque o país tem muitos bons líderes. Pessoalmente, não quero a amargura das novas gerações, que me veriam como alguém apegado ao poder."

As declarações foram feitas dois dias após o Senado colombiano aprovar a convocação de um referendo para reformar a Constituição e permitir sua eleição para um terceiro mandato. Os principais partidos opositores criaram uma frente comum contra a reeleição, e o projeto foi criticado por dois ex-presidentes do país.

Uribe chegou ao poder na Colômbia em 2002 e foi reeleito em 2006 para um novo mandato, que vai até agosto de 2010. Até agora não disse claramente se tentará a segunda reeleição.

A proposta sobre o referendo foi aprovada por 62 votos contra 5, ultrapassando em dez votos a maioria necessária de 52 votos, em 102 possíveis, apesar de um boicote da oposição, que se absteve de votar.

O projeto deverá passar por uma adaptação na Câmara de Representantes (deputados), que já aprovara a convocação do referendo, mas com um texto diferente, que só permitiria a Uribe apresentar-se em 2014.

Governistas tentam impedir que o presidente da Câmara, German Varo, que se opõe a uma nova reeleição imediata, selecione os membros da comissão.

Depois desse estágio, a lei deve ser analisada pela corte constitucional do país, um processo que pode levar até dois meses. A votação do referendo poderia ser realizada em até seis meses, caso não haja complicações legais, segundo autoridades eleitorais da Colômbia.

Uma recente pesquisa diz que 59% dos colombianos votariam em um eventual referendo sobre uma nova reeleição de Uribe e que 84% destes votariam a favor da proposta.

A popularidade do presidente é em grande parte baseada no combate às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que comandavam grande parte do território do país no início de seu governo e sofreram várias derrotas militares e a morte de seus principais líderes no ano passado.

Críticos o acusam de não ter combatido com o mesmo rigor as milícias paramilitares de direita que se financiam da mesma forma que a guerrilha socialista, por meio do plantio de coca e do tráfico de drogas.

Com Efe, France Presse e Reuters

 

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